“Grupo dos malucos”: agente da PF mandou ”sentar o pau” em assessor de Barroso

Atualizado em 11 de julho de 2024 às 15:26
Logo da Abin e Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da agência – Foto: Reprodução

A Operação Última Milha revelou uma série de ações de desinformação promovidas pela “Abin paralela” durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A suspeita é de que a agência tenha sido utilizada para monitorar e espionar ministros do Supremo Tribunal Federal além de promover a disseminação fake news.

Segundo a Polícia Federal (PF), auxiliares de Alexandre Ramagem, então diretor-geral da Abin, abasteciam um grupo chamado ”grupo dos malucos” no WhatsApp com informações falsas sobre integrantes da Corte, cientes da desinformação que ali era produzida.

A investigação implica diretamente um agente da própria PF, Marcelo Araújo Bormevet, e o policial militar Giancarlo Gomes Rodrigues – ambos presos na manhã desta quinta-feira (11) na quarta etapa da operação.

Bormevet determinou a Giancarlo, seu subordinado na Abin, que “mandasse bala para sentar o pau” em um assessor do ministro Luís Roberto Barroso, um dos quatro ministros monitorados.

O agente da Polícia Federal Marcelo Araújo Bormevet, ex-segurança da campanha de Bolsonaro – Foto: reprodução

Os investigados criavam “relações inexistentes, que desafiam a lógica comum, para gerar desinformação e atacar instituições e opositores”, segundo a PF.

A corporação afirma que a dupla tinha plena ciência de suas ações, especialmente na “produção de desinformação sem qualquer lastro com a realidade, com subsequente difusão por meio de vetores de propagação cooptados e grupos de rede social, atacando o Poder Judiciário”.

A investigação constatou que os investigados promoviam uma campanha de desinformação contra ministros do STF, infiltrando-se em grupos com perfis falsos.

Com o avanço das investigações, a PF também identificou como os levantamentos de “contrainteligência” e “desinteligência” da Abin paralela abasteciam a disseminação das notícias fraudulentas. O material era repassado a perfis falsos criados pelos integrantes da Abin e a perfis de influenciadores cooptados.

Entre os perfis identificados está o de Richard Pozzer, também alvo da operação. Segundo a Procuradoria-Geral da República, Giancarlo usava um perfil falso chamado ‘Verdades’ para enviar dossiês a Pozzer, que propagava o conteúdo, marcando integrantes do núcleo político da quadrilha, como o vereador Carlos Bolsonaro.

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