
O grupo japonês Nihon Hidankyo foi o vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2024 por seus esforços na luta contra as armas nucleares. A organização, formada por sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, conhecidos como Hibakusha, foi reconhecida por sua dedicação em “alcançar um mundo livre de armas nucleares”.
A escolha do comitê reflete a crescente preocupação global com o uso de bombas atômicas, especialmente em meio à guerra na Ucrânia e à instabilidade no Oriente Médio.
Países como EUA, Rússia, China e outros investiram US$ 91 bilhões no desenvolvimento de armas nucleares em 2023, aumentando o número de ogivas em circulação e gerando alertas internacionais sobre os riscos crescentes.
O presidente do Comitê Nobel, Jorgen Watne Frydnes, destacou que é urgente restabelecer o “tabu” sobre o uso de armas nucleares. “As ameaças de usar essas armas precisam acabar”, afirmou, referindo-se à crescente modernização dos arsenais nucleares e ao risco iminente que isso representa para a paz global.

O Comitê Norueguês também reconheceu que o trabalho da Nihon Hidankyo tem sido fundamental para manter a pressão contra o uso de armas nucleares.
A organização tem atuado em prol do desarmamento desde 1956, enviando delegações anuais às Nações Unidas e promovendo resoluções públicas sobre o tema.
Frydnes lembrou que em 2025 completam-se 80 anos desde que as bombas atômicas foram lançadas em Hiroshima e Nagasaki, e ressaltou que o poder destrutivo das armas nucleares atuais é muito maior. “Uma guerra nuclear poderia destruir nossa civilização”, alertou, sublinhando a importância do trabalho contínuo pela paz.
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