Guajajara diz que há subnotificação dos Yanomamis mortos: “não se tem uma precisão”

Atualizado em 22 de janeiro de 2023 às 9:48
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara (PSOL). Imagem: TV Brasil

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara (PSOL), afirmou, em entrevista ao UOL, que a situação trágica dos indígenas Yanomami, em Roraima, pode ser ainda pior do que a anunciada, por causa de uma subnotificação.

Ela esteve na região acompanhada do presidente Lula (PT) e de outros ministros, no sábado (21), acompanhando o problema de desnutrição e fome, que acomete crianças e adultos indígenas.

“Temos indicações de que está subnotificado, porque não se tem uma precisão de quantas pessoas realmente morreram. A Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) acabava não fazendo esse mapeamento por falta de interesse, por falta de compromisso. Agora vai se começar uma outra etapa de mapeamento com a equipe do da Força Nacional que vai estar lá e as Forças Armadas”, afirmou Guajajara ao UOL.

De acordo com dados do ministério da Saúde, mais de 570 crianças Yanomamis morreram nos últimos quatro anos por malária, fome ou contaminação de mercúrio.

A ministra disse, também, que é preciso responsabilizar a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo agravamento da situação dos indígenas. “Olha a situação em que estão essas crianças, o mundo inteiro está olhando hoje para isso. Para a condição das crianças e adultos Yanomamis, que estão em estado trágico de saúde. Como eles (governo Bolsonaro) não identificaram isso? Como eles não pensaram em um plano de atendimento?”, afirmou Guajajara.

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