Guarda municipal petista é morto a tiros em festa de 50 anos por bolsonarista

Atualizado em 10 de julho de 2022 às 10:07
Marcelo Arruda na comemoração dos 50 anos em que acabou morto

O guarda municipal Marcelo Arruda morreu na madrugada deste domingo (10), por volta das 4h25, em Foz do Iguaçu.

Ele era diretor do Sismufi, o Sindicato dos Servidores Municipais de Foz, e, nas eleições municipais de 2020, foi candidato a vice-prefeito pelo PT.

Arruda levou três tiros em sua própria festa de aniversário de 50 anos. 

Ele comemorava o aniversário na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresfi) com cerca de 40 pessoas. A celebração era temática, com enfeites do PT e retratos do ex-presidente Lula. 

Testemunhas relatam que, em um determinado momento, um bolsonarista penetrou na festa começou a gritar “Mito” e outras provocações. Era o agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho.

“Vou matar todos vocês, desgraçados”, disse Jorge, de acordo com áudio obtido pelo DCM.  

“No carro do cara estavam a esposa e um bebê de colo. A mulher aos gritos pediu para ele ir embora e ele foi, dizendo que retornaria”, afirma uma testemunha. “Podia ter sido uma chacina”.

Jorge José da Rocha Guaranho, o bolsonarista que atacou Arruda

Membro da Guarda há 30 anos, Marcelo foi buscar sua arma no carro para se defender caso o homem realmente voltasse. Ele voltou e encontrou Marcelo, acertando-lhe três disparos, um deles na cabeça, segundo a apuração policial. 

Mesmo ferido, Marcelo conseguiu revidar e ferir Jorge. Arruda foi internado na UTI em estado grave e não resistiu. Jorge também morreu.

Marcelo Arruda deixa esposa e quatro filhos, um deles recém-nascido.

Marcelo Arruda