Guedes e a maldição do “tchuchuca”. Por Fernando Brito

Atualizado em 4 de abril de 2019 às 10:28

Publicado originalmente no Tijolaço 

Paulo Guedes. Foto: Mauro Pimentel/AFP

POR FERNANDO BRITO

O jornalista Kennedy Alencar, no Twitter, acha “engraçado ver tigrões da imprensa tão melindrados, tão escandalizados com o uso da palavra tchuchuca”.

Talvez, Kennedy, porque seja destas coisas que vá pegar por um longo tempo porque traduz, no popular, o que é um ministro da Economia que, ontem, mostrou que ele e o governo a que pertence  não aguentam o “batidão” da luta política.

Até porque, a começar do chefe, o governo não tem a menor continência verbal. É um “brown shower” generalizado.

Ou o secretário do gabinete Civil, que deveria ser o grande corrdenador da blindagem a ser feita a Guedes não viu e não foi visto na Câmara.

O episódio é menos grave pelo nome – “tchuchuca” – do que pelo sobrenome: “dos banqueiros”.

Como disse em outro post, foi um dos momentos que lamentavelmente foram raros, ontem: dizer o que o povo entende.

O “tchuchuca” vai “colar” como o estigma em Caim.

No Senado, semana passada, e na Câmara, mesmo antes da explosão do “é a mãe”, Paulo Guedes mostrou que não resiste a provocações, o que costuma ser fatal na política, onde se dizem os maiores desaforos, mas nunca se pode fazer nada com a cara transtornada.

É aí que o tigrão vira tchuchuca.