Guerra entre Rússia e Ucrânia chega a 2 anos sem estimativa de fim

Atualizado em 24 de fevereiro de 2024 às 7:32
Guerra Rússia x Ucrânia chega a 2 anos de combates. Foto: reprodução

Neste sábado (24), o conflito entre Rússia e Ucrânia chega aos dois anos de uma situação que já tirou a vida de pelo menos 500 mil pessoas, segundo estimativas não oficiais, e forçou milhões a abandonarem seus lares. Enquanto o país enfrenta uma guerra que parece não ter fim, o destino da batalha está sendo decidido não apenas nos campos de combate, mas também nos corredores das capitais ocidentais e em outras partes do mundo.

As forças ucranianas, em posição defensiva, enfrentam desafios crescentes. A falta de munição e os recuos em algumas regiões destacam a importância crucial da ajuda militar, financeira e política dos países do Ocidente. Articulado pelo presidente Joe Biden, um projeto de lei nos Estados Unidos prevê uma assistência de aproximadamente US$ 60 bilhões para a Ucrânia, principalmente em apoio militar.

No entanto, a aprovação deste projeto enfrenta obstáculos no Congresso americano, com membros do Partido Republicano, liderados por Donald Trump, se opondo à medida. Enquanto isso, a cada semana de atraso na aprovação, mais vidas são perdidas na linha de frente na Ucrânia, alertou Jens Stoltenberg, líder da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Além da escassez de recursos, a guerra transformou-se em uma batalha de artilharia intensa, com os lados trocando milhares de tiros diariamente. A Ucrânia, que anteriormente tinha uma vantagem em munições, agora enfrenta uma disparidade significativa, com os russos aumentando sua produção e importando de outros países.

Zelensky contou com o apoio dos EUA de Biden durante o conflito. Foto: reprodução

Para a Ucrânia, a ajuda do Ocidente é vital, especialmente no fornecimento de novos tipos de armas, como mísseis de longo alcance. Embora os EUA e a Alemanha possuam sistemas como ATACMS e Taurus, respectivamente, a entrega desses armamentos enfrenta resistência política interna e preocupações com o potencial de escalada do conflito.

Enquanto isso, o país liderado por Volodymyr Zelensky busca uma aproximação com a Otan, visando uma possível adesão à aliança militar. No entanto, as potências como os EUA e a Alemanha são cautelosas, temendo que isso possa aumentar a probabilidade de uma represália a Rússia.

O genocídio promovido por Israel contra moradores palestinos da Faixa de Gaza é outro fator que pode ser apontado como prejudicial aos ucranianos na escala global, uma vez que os debates desde outubro de 2023 voltaram-se para o conflito no Oriente Médio.

A Ucrânia também tem a temer pelas eleições para presidente dos Estados Unidos. Enquanto Biden segue como o principal avaliador de Zelensky internacionalmente, o favorito a vencer o pleito, Donald Trump, deu inúmeras declarações contra o dinheiro enviado aos Ucranianos nos últimos dois anos, e tende a fechar o gargalo se assumir a presidência.

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