Há 5 anos, o Equador estava entre os países mais seguros da América Latina

Atualizado em 9 de janeiro de 2024 às 22:00
Policiais equatorianos juntos e armados
Equador enfrenta estado de emergência – Reprodução

Uma pesquisa divulgada pelo instituto Gallup revelou que o Equador é o país da América Latina onde os cidadãos se sentem mais inseguros nas ruas à noite.

No final de 2023, 64% dos equatorianos consultados afirmaram não se sentirem seguros ao andar sozinhos à noite em suas regiões, enquanto 35% se sentem seguros. A pesquisa atribui esses números ao aumento da violência de grupos criminosos, ao narcotráfico e aos distúrbios.

Há cinco anos, o Equador estava entre os países mais seguros da região, com 52% de confiança, enquanto a Venezuela apresentava o pior resultado. No entanto, em 2022, a percepção na Venezuela melhorou, com 53% das pessoas se sentindo inseguras à noite, em comparação com 67% no ano anterior.

O Equador, situado entre os dois maiores produtores de cocaína do mundo, Colômbia e Peru, tornou-se um centro crucial no comércio mundial de drogas. A Gallup explica que fatores como o auge da produção de cocaína na Colômbia, cortes nos orçamentos penitenciários e a extinção do Ministério da Justiça tornaram o Estado equatoriano menos capaz de controlar os efeitos do narcotráfico internacional.

Policiais equatorianos enfileirados
Policiais equatorianos foram sequestrados por criminosos – Reprodução

As taxas de criminalidade e a população carcerária aumentaram significativamente, com o índice de homicídios subindo para 25 a cada 100 mil habitantes em 2022, em comparação com 14 em 2021.

Centenas de presos foram assassinados, policiais perderam a vida devido à violência das gangues, e alguns equatorianos testemunharam cenas chocantes, como corpos decapitados pendurados em pontes. Essa situação levou o presidente conservador, Guillermo Lasso, a decretar estado de emergência.

A confiança dos equatorianos na polícia local e no sistema judicial atingiu os níveis mais baixos em mais de uma década, com aproximadamente 41% confiando na polícia local e 24% na Justiça, de acordo com a pesquisa.

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