O governo federal elevou nesta sexta-feira (13) a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024, passando de 2,5% para 3,2%. A revisão foi anunciada após a divulgação do resultado do segundo trimestre, que registrou um aumento de 1,4%, superando as expectativas do mercado financeiro. Com informações do g1.
O PIB, que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é o principal indicador utilizado para medir o crescimento econômico. As novas previsões constam no Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, divulgado nesta sexta-feira (13).
Revisão positiva impulsiona expectativas para 2024
Na última quarta-feira (11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia sinalizado a possibilidade de uma revisão para cima nas projeções do PIB:
“Devemos divulgar nesta semana a reprojeção do PIB e as consequências sobre a arrecadação, possivelmente com um aumento da projeção para além do que estávamos esperando. Deve vir mais forte, possivelmente 3% para cima, 3% de crescimento, talvez até um pouco mais, crescimento do PIB deste ano”.
Em 2023, o PIB brasileiro cresceu 2,9% em comparação ao ano anterior. Com a projeção de alta de 3,2% para 2024, o governo espera um ritmo acelerado de crescimento econômico. No entanto, a nova estimativa está acima das projeções do mercado financeiro, que, segundo o Boletim Focus do Banco Central, aponta um crescimento de 2,68% para o próximo ano. O relatório considera as projeções de 100 instituições financeiras.
Inflação também é revisada para 2024
Além do crescimento do PIB, o Ministério da Fazenda revisou a previsão da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em julho, a estimativa era de 3,90%, mas, no boletim de setembro, essa previsão subiu para 4,25%.
Segundo o Ministério, o aumento da inflação está relacionado a fatores como a depreciação cambial, bandeira amarela nas tarifas de energia elétrica, e o reajuste do preço mínimo de cigarros. A alta nos preços impacta diretamente o poder de compra da população, especialmente entre as classes de menor renda, que sofrem mais com a inflação.
Perspectivas para os próximos anos
O governo também revisou as expectativas de crescimento do PIB para os anos seguintes. A projeção para 2025 caiu de 2,6% para 2,5%, reflexo das previsões de aumento nas taxas de juros pelo Banco Central. Já para 2026, a estimativa de crescimento se manteve estável em 2,6%, conforme o boletim divulgado pelo Ministério da Fazenda.