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Haddad: ‘Brasil vai retomar grau de investimento’. Por Tiago Pereira

“É um resultado ainda modesto, mas importante”, disse Haddad, sobre classificação positiva de agência de risco – Foto: Diogo Zacarias/Fazenda

Por Tiago Pereira

São Paulo – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (14) que o “Brasil vai retomar o grau de investimento”. Ele comemorou a elevação para “positiva” da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P). A nota do país foi mantida em BB-, três níveis abaixo do grau de investimento. Ainda assim, essa é a primeira melhora da perspectiva de risco desde 2019.

“O Brasil vai retomar o grau de investimento, não tenha dúvida disso. Não tem cabimento esse país não ter grau de investimento. Um país com mais de US$ 300 bilhões de reservas cambiais e voltou a acumular reservas; não deve US$ 1 no exterior; é credor internacional, tem inflação menor que a Europa e EUA”, afirmou.

Em rápida entrevista coletiva, o ministro afirmou que alcançar o grau de investimentos é “um processo”. “Pode levar alguns anos, mas é inevitável se nós trabalharmos juntos”. Nesse sentido, ele agradeceu pela “harmonia entre os Poderes”, mas cobrou o Banco Central (BC).

“É um passo importante, depois de quatro anos, ter uma sinalização dessas. Gostaria de compartilhar com o Congresso e com o Judiciário as iniciativas que estão sendo tomadas na direção correta de arrumar as contas do Brasil”, disse. Ele afirmou que esse é “só o começo”, e que tem “muito trabalho pela frente”. “Mas eu penso que se nós mantivermos o ritmo de trabalho das duas Casas e do Judiciário, eu quero crer que nós vamos conseguir atingir os nossos objetivos”, acrescentou.

Crescimento e juros

Para a S&P, o crescimento contínuo do PIB somado ao novo arcabouço fiscal podem resultar na melhora das contas públicas do país. “É importante que uma agência externa consiga observar esses avanços. O Brasil precisa voltar a crescer. Não há solução para o Brasil sem crescimento. É um resultado ainda modesto, mas importante”, ressaltou Haddad.

Nesse sentido, Haddad afirmou que falta o BC participar desse processo de “harmonização”. “Mas quero crer que estejamos prestes a ver isso acontecer. Quando estivermos todos alinhados, vamos prosperar”. Ainda assim, o ministro agradeceu à autoridade monetária “que a cada declaração dá demonstrações de que está sensibilizada com o clamor do empresariado, bancos, agências de risco e que é possível a harmonia ser ainda maior”.

Publicado originalmente em Rede Brasil Atual

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