Extrema direita prepara guerra de fake news 2.0, diz Haddad

Para Haddad, extrema direita prepara guerra de fake news 2.0 para eleições

Atualizado em 26 de janeiro de 2022 às 14:01
Haddad entrevista ao DCMTV
Haddad foi entrevistado pelo DCMTV

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad afirmou nesta quarta (26) que a extrema direita está se preparando para uma guerra de informação 2.0. “Eles já estão procurando brechas para disseminar fake news diretamente para a população e nós temos que nos preparar”. Haddad fez a afirmação em entrevista ao DCM TV. “A esquerda de uma maneira geral se descuidou nessa guerra disseminada a partir de 2013”

“Eu acho que a comunicação do PT melhorou. Lula é vitorioso nas redes sociais. Mas eu não estou confortável com o que a extrema direita vai fazer. Eles vão operar uma rede de fake news e a história nem começou”

Haddad citou que as fake news estavam presentes já na gestão dele junto à prefeitura de São Paulo. “Eu demorei a compreender que os meios de comunicação estavam entrando em uma outra onda, baseado totalmente na mentira”. Segundo ele, “nas eleições de 2018 foram 82 fakenews disseminadas contra mim e a Manuela [d’Avilla]”

O ex-prefeito também comentou o último editorial do Estadão que classifica o ex-presidente Lula como uma ameaça à democracia. “Eu não compartilho esse editorial nem para criticar, porque ninguém vai ler”. Segundo ele, o Estadão fez mais de 400 editoriais contra ele. “Eu estou preocupado com o que diz o Estadão?”.

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Haddad fala de PT e PSB

Sobre as negociações entre PSB e PT para compor uma federação partidária, Haddad afirmou que caso não avance, pode haver espaço para duas candidaturas no mesmo campo progressista para o governo de São Paulo. Ou seja, dele, Haddad, e de Márcio França. “Eu já falei com Márcio França e acho que no limite das negociações pode haver duas candidaturas”, caso não haja acordo.

Haddad diz não ver problema com duas candidaturas, desde que haja um acordo para apoio no segundo turno. O ex-prefeito lembra que foi a falta de acordo e, consequentemente, apoio de PSDB e PDT que ajudou a eleger Bolsonaro no segundo turno em 2018. “Se os seis candidatos a governador de PSDB e PDT que foram para o segundo turno nos apoiassem, nós teríamos levado”, afirmou. “Se por acaso a chapa Lula – Alckmin vingar e a depender do partido que irá acolher o Alckmin, há a possibilidade de um encontro de forças para livrar São Paulo dos extremistas do ‘BolsoDória’”, disse.

Governo de SP

Sobre a necessidade de alternância de poder no Estado de São Paulo, Haddad considera que São Paulo está maduro para mudar de comando. “Temos uma massa crítica que irá pensar as novas políticas públicas necessárias para governar o estado. Tem uma moçada nova, muito qualificada, do movimento negro, da luta por moradia, das universidades disposto a pensar o estado. Nós temos uma condição ótimas para fazer e acontecer no governo de São Paulo”, concluiu.

Haddad também falou sobre a possível candidatura de sua esposa, Ana Estela, a uma vaga à Câmara Federal. Segundo ele, há muitas pessoas que falam pra ela, “mas é um assunto que não me sinto à vontade para falar. Estarei apoiando tudo que ela for tentar, mas aqui em casa nunca foi discutido”.

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