Hebraica posta mensagem de Bolsonaro e Michelle e vira alvo de críticas e abaixo-assinado de judeus de SP

A Hebraica está sendo alvo de protestos da comunidade judaica de São Paulo.

Na véspera do Yom Kipur, o Dia do Perdão, celebrado nesta semana, a instituição postou nas redes uma mensagem de Michelle Bolsonaro e outra do marido dela, Jair, com o chefe da Secom, Fabio Wajngarten.

Uma saraivada de críticas apontando a “vergonha” se seguiu, provocando uma resposta protocolar e covarde.

“A Hebraica SP recebeu mensagens de vereador, deputado, prefeito, presidente da Federação, Conib e do Presidente da República. São apenas mensagens de respeito à comunidade e ao judaísmo. Nada mais que isso. E isso não significa apoio ou opinião política”, comentou o perfil oficial do clube.

Mentira. Não há mensagens de outros políticos.

A Hebraica deletou comentários contra os Bolsonaros e ainda veio com a patacoada de que aquele “não é lugar de semear ódio, de qualquer espécie, e não permitimos que isso seja feito em relação a qualquer pessoa”.

Um abaixo-assinado foi criado. 

“Solicitamos que sejam retiradas da página do clube na internet as manifestações do senhor Jair Messias Bolsonaro e de sua esposa Michelle Bolsonaro”, pedem os criadores.

“Não podemos admitir que esta visita atual, com todo o simbolismo que carrega, mesmo que virtual, seja feita por quem despreza a democracia, rejeita a igualdade entre pessoas de condições distintas e coloca deliberadamente a vida das futuras gerações em risco. Somos um povo plural; diz o ditado que quando há dois judeus debatendo, saem três opiniões. Mas não podemos tergiversar quanto ao cerne de nossos valores, valores esses que estão sendo reafirmados em sinagogas ao redor do mundo, como pode ser visto publicamente esse ano nas transmissões online.”

Abaixo, as mensagens no Facebook do clube: