Em um momento no qual eleva-se ainda mais a tensão no Oriente Médio, o grupo libanês Hezbollah anunciou oficialmente que seus militantes em “alerta de guerra” em preparação para um possível confronto com as forças israelenses.
A declaração foi emitida por um canal do Telegram associado ao grupo xiita, nesta quarta-feira (11), acompanhada de um vídeo mostrando unidades de patrulhamento posicionadas em cidades no sul do Líbano, próximas à fronteira com Israel.
Desde o início do conflito entre Israel e o Hamas no último sábado (7), o Hezbollah reivindicou a responsabilidade por uma série de ataques contra posições israelenses na fronteira. Quatro membros do grupo libanês já perderam a vida nos confrontos.
A entrada do Hezbollah no conflito ameaça intensificar ainda mais a violência na região, potencialmente abrindo uma nova frente de batalha no conflito que já se estende por cinco dias. Os números de mortos até o momento ultrapassam 2 mil, sendo estimados 1.100 palestinos e pelo menos 1.200 israelenses entre as vítimas.
Na segunda-feira (9), as Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram um ataque no território libanês alegando conter uma “infiltração de suspeitos” na fronteira. Militares italianos que estavam em missão da ONU no Líbano precisaram buscar abrigo em bunkers para se proteger do ataque israelense.
O governo israelense alegou que esses suspeitos estavam invadindo seu território “a partir do território libanês”. Abdulla al Gharib, autoridade local libanesa, afirmou que o ataque ocorreu “intensamente” em Dhayra, cidade fronteiriça no sul do país.
O Exército de Israel não anunciou quantas pessoas foram vítimas da ação, mas diz que “vários suspeitos armados” foram mortos. Um membro do Hezbollah foi atingido pelo bombardeiro israelense e morreu, segundo fontes próximas ao grupo.