Homem de 50 é preso em SP por aplicar “golpe do amor” em idosa

Atualizado em 19 de outubro de 2025 às 15:24
Preso manteve um relacionamento com uma mulher de 68 anos • Fabio Dias/EPR

Um homem de 50 anos foi preso em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, acusado de aplicar o chamado “golpe do amor” contra uma idosa de 68 anos em Curitiba, no Paraná. A prisão ocorreu na quarta-feira (15) e encerra uma investigação da Polícia Civil paranaense iniciada em 2024, após a vítima denunciar prejuízos financeiros e emocionais.

De acordo com o delegado Pablo Andrade Amorim, o suspeito manteve um relacionamento com a mulher por cerca de sete meses e chegou a emitir convites de casamento, que foram distribuídos aos familiares da vítima. A estratégia, segundo a polícia, tinha como objetivo reforçar a aparência de legitimidade do relacionamento antes da fuga.

Durante o período em que estiveram juntos, o homem teria direcionado conversas e decisões do casal para assuntos patrimoniais, sempre com promessas de união estável e compra de imóveis. Aproveitando-se da confiança da mulher, ele passou a realizar fraudes financeiras em nome dela, sem o consentimento.

Vista de drone da região central de Curitiba, capital do Paraná. Foto: Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

As investigações apontam que o suspeito contratou empréstimos, financiou veículos e abriu contas bancárias utilizando dados da vítima. Também foram identificadas operações de cartões de crédito e movimentações bancárias irregulares, todas feitas enquanto o casal ainda mantinha contato.

A polícia informou que o homem já tinha antecedentes criminais por estelionato e falsidade ideológica em diferentes estados brasileiros, além de condenações anteriores. Após ser detido em São Paulo, ele será transferido para o Paraná, onde ficará à disposição da Justiça.

Casos semelhantes ao “golpe do amor” têm se tornado recorrentes em várias partes do país, com criminosos que se aproveitam de relacionamentos afetivos para obter ganhos financeiros. A Polícia Civil reforça o alerta para que vítimas desconfiem de pedidos de dinheiro, empréstimos ou transações financeiras feitos por parceiros recentes.