
Militares do Exército que atuam na segurança do Palácio do Planalto abriram fogo com munição não letal após um homem tentar invadir a rampa principal do prédio onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) despacha. A tentativa ocorreu por volta das 3h30 desta quarta-feira (10) e mobilizou equipes da Polícia Federal e da segurança presidencial.
De acordo com a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal (SRDF), o autor foi identificado como Leonildo dos Santos Fulgieri, 54 anos, natural de Santa Catarina.
Segundo as autoridades, ele avançou de forma abrupta em direção à entrada principal, ignorando ordens de recuo dos agentes que faziam a vigilância do local. Para impedir a invasão, os militares efetuaram disparos de balas de borracha, que atingiram o suspeito no quadril e na perna.
Apesar dos ferimentos, considerados leves, Leonildo recebeu atendimento médico ainda durante a madrugada e foi liberado em seguida. Ele foi conduzido à sede da Polícia Federal em Brasília, onde prestará depoimento sobre as motivações da tentativa. O inquérito busca entender se a ação foi isolada ou se há algum vínculo com outros episódios recentes de tensão política.
As autoridades destacaram que a atuação da segurança seguiu os protocolos previstos para situações de risco iminente. Diante da iminência de rompimento da barreira de proteção, os disparos não letais foram utilizados para conter o homem sem causar maiores danos físicos. O Planalto manteve as atividades normais ao longo do dia, mas reforçou as medidas de vigilância.
O caso ganhou contornos mais preocupantes porque não foi a primeira vez em que Leonildo tentou invadir prédios públicos em Brasília. Na última segunda-feira (8), ele já havia tentado entrar no Senado Federal, mas foi contido por seguranças após apresentar comportamento considerado suspeito. A análise de imagens das câmeras de vigilância permitiu vincular os dois episódios, confirmando a reincidência.

A Polícia Federal avalia se o suspeito poderá responder por crimes de desobediência, invasão de área restrita e ameaça à segurança do chefe do Executivo.
O caso se soma a outros episódios recentes de reforço da segurança em prédios públicos de Brasília, especialmente após os atos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram em invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.