Huck diz que não é “candidato a nada”. Mas acrescenta um “neste momento”. Por Fernando Brito

Atualizado em 10 de janeiro de 2018 às 22:01

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Publicado no Tijolaço

POR FERNANDO BRITO

Em mensagem postada no Facebook, desde suas férias na Península Arábica, Luciano Huck volta a desmentir que tenha mudado de ideia  e voltado a ser o que era, mas não dizia ser: candidato a presidente da República:

Em tempos de terra arrasada na política brasileira, muita gente ouve o que quer, e não o que foi dito. Assim sendo, vale repetir: como já me posicionei anteriormente, não sou candidato a nada. Sigo de onde estou tentando ser uma voz potente apoiando fortemente a tão necessária e esperada renovação politica no Brasil.Neste momento, através dos movimentos cívicos.

Como sempre, como a lembrar da música do Vicente Celestino que fazia sucesso na minha infância, Huck deixa uma “pooorta aberta”.

Segue o baile dos homens da “transparência”.

Do programa de governo e dos direitos defendidos por Luciano Huck, até agora, só conheço o que ele exigiu, em artigo na Folha, de poder usar os seus relógios Rolex sem ser assaltado. Muito bem, concordo, mas gostaria de ouvir como se pretende conter os assaltos.

Dali, a preocupação que vi foi a que ele escreveu, um primor:

Estou à procura de um salvador da pátria. Pensei que poderia ser o Mano Brown, mas, no “Roda Viva” da última segunda-feira, descobri que ele não é nem quer ser o tal. Pensei no comandante Nascimento, mas descobri que, na verdade, “Tropa de Elite” é uma obra de ficção e que aquele na tela é o Wagner Moura, o Olavo da novela. Pensei no presidente, mas não sei no que ele está pensando. 
Enfim, pensei, pensei, pensei. Enquanto isso, João Dória Jr. grita: “Cansei”. O Lobão canta: “Peidei”. 
Pensando, cansado ou peidando, hoje posso dizer que sou parte das estatísticas da violência em São Paulo. E, se você ainda não tem um assalto para chamar de seu, não se preocupe: a sua hora vai chegar. 

A transcrição, para quem tiver dúvidas, é literal, do texto assinado por ele.

Pensando, cansado ou peidando, não parece ser atitude de boa base para alguém querer ser o salvador da pátria, não é?