Hugo Motta cobra ação do Itamaraty após deputada do PT ser retida por Israel

Atualizado em 2 de outubro de 2025 às 7:47
A deputada Luizianne Lins (PT-CE). Foto: Reprodução

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pediu nesta quarta-feira (1º) que o Itamaraty atue junto a Israel após a deputada Luizianne Lins (PT-CE) ter sido retida quando a flotilha em que viajava rumo à Faixa de Gaza foi interceptada pelas forças israelenses.

“Pedi o apoio do Itamaraty no contato com as autoridades israelenses visando que a deputada Luizianne tenha todas as suas prerrogativas enquanto parlamentar respeitadas, bem como os direitos dos demais brasileiros que estão passando por esse momento”, declarou Motta durante a sessão que votava a ampliação do Imposto de Renda.

Segundo o presidente da Câmara, o episódio o pegou de surpresa. A informação chegou a ele por meio do deputado Domingos Neto (PT-CE), coordenador da bancada cearense. Motta lembrou ainda que Luizianne havia solicitado, na semana passada, a renovação de uma licença para seguir em missão humanitária em meio à crise em Gaza.

Além da deputada, estavam a bordo do navio o ativista brasileiro Thiago Ávila e a ambientalista Greta Thunberg, que integravam a mesma flotilha internacional. Antes mesmo do discurso em plenário, Motta já havia publicado uma nota em redes sociais em solidariedade aos tripulantes brasileiros.

Flotilha denuncia ação de Israel

Em comunicado, a Flotilha Global Sumud (GSF) afirmou que “vários navios da flotilha — principalmente Alma, Surius, Adara — foram interceptados ilegalmente e abordados pelas Forças de Ocupação Israelenses em águas internacionais”.

“Além dos barcos interceptados, a cobertura da transmissão ao vivo e a comunicação com vários outros barcos foram perdidas. Estamos trabalhando arduamente para contabilizar todos os participantes e tripulantes”, disse a organização.