“Hugo Motta traidor”: críticas ao presidente da Câmara dominam a web

Atualizado em 2 de julho de 2025 às 13:36
Hugo Motta, presidente da Câmara. Foto: reprodução

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), está entre os assuntos mais comentados nas redes sociais nesta quarta-feira (2). As hashtags “Hugo Motta traidor”, “Congresso da mamata” e “agora é a vez do povo” dominaram os trending topics do X com críticas ao líder da casa legislativa, mostrando o descontentamento popular com a derrubada do decreto que aumentava o IOF.

Motta, que liderou a articulação para rejeitar o aumento do imposto, agora enfrenta acusações de estar protegendo interesses do setor financeiro. As críticas se intensificaram após rumores de que ele estaria negociando a indicação do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) para relatar a CPMI que investiga irregularidades no INSS, vista por muitos como uma manobra para desviar o foco do debate sobre o IOF.

“O povo elegeu Lula para governar o país”, escreveu um usuário indignado com o atravessamento dos parlamentares sobre a pauta que cabe exclusivamente ao Executivo. Somaram-se às críticas o debate sobre fim da jornada de trabalho 6/1, que segundo a Quaest, 70% dos parlamentares, inclusive Motta, são contra. Veja a repercussão:

O imposto sobre operações financeiras virou o epicentro de uma disputa de poder entre Executivo e Legislativo. O governo Lula (PT) defende o aumento como medida necessária para equilibrar as contas públicas, enquanto o Congresso, liderado por Motta, alega que a medida extrapola as atribuições do Planalto.

O Supremo Tribunal Federal (STF), com relatoria do ministro Alexandre de Moraes, deve decidir em breve se mantém a decisão do Legislativo ou restabelece o decreto presidencial.

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, defendeu a constitucionalidade do decreto e acusou o Congresso de violar o princípio da separação de Poderes.

“A avaliação técnica dos nossos advogados concluiu que o decreto presidencial é constitucional, válido, hígido, e não poderia ter sido objeto de PDL [Projeto de Decreto Legislativo]”, afirmou Messias, garantindo que a discussão no STF será conduzida em bases estritamente jurídicas.