
A taxa de desemprego no Brasil registrou queda para 5,8% no segundo trimestre de 2025, o menor patamar desde o início da série histórica da Pnad Contínua, em 2012. Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (15), 12 estados alcançaram seus menores índices de desocupação. Entre eles estão Santa Catarina (2,2%), São Paulo (5,1%), Minas Gerais (4%) e Bahia (9,1%).
No recorte regional, Pernambuco apresentou a maior taxa de desemprego do país, com 10,4%, sendo o único estado acima de dois dígitos. A Bahia, embora tenha registrado o menor índice da série histórica, continua com o segundo maior desemprego nacional. Santa Catarina, além de liderar com a menor taxa, destaca-se pela forte presença da indústria, responsável por 23% dos empregos no estado.
O IBGE também analisou a informalidade, que superou 50% em sete estados no período. Maranhão (56,2%), Pará (55,9%) e Bahia (52,3%) lideram o ranking, enquanto Santa Catarina (24,7%), Distrito Federal (28,4%) e São Paulo (29,2%) apresentaram os menores percentuais. No Brasil, a taxa de informalidade ficou em 37,8%.

Quando analisado por gênero, tanto homens quanto mulheres atingiram os menores índices da série: 4,8% e 6,9%, respectivamente. Apesar disso, a taxa feminina permanece acima da média nacional, enquanto a masculina está abaixo.
O levantamento mostrou ainda que 1,3 milhão de pessoas estão desempregadas há dois anos ou mais, o equivalente a 20% do total de 6,3 milhões de desocupados. Esse quadro é caracterizado como desemprego de longa duração. O menor percentual desse grupo foi de 17%, registrado em 2014 e 2015, e o maior ocorreu no fim de 2021, durante a pandemia, chegando a 30,2%.
De acordo com o IBGE, o mercado de trabalho brasileiro demonstra resiliência, mesmo diante de cenários econômicos desafiadores, mas ainda apresenta fortes desigualdades regionais, com grandes diferenças entre as regiões Sul e Sudeste em relação ao Norte e Nordeste.