
A renda média real habitual das pessoas empregadas no mercado de trabalho brasileiro registrou um aumento significativo em 2023, atingindo R$ 2.979,00. Essa informação foi divulgada pela pesquisadora Adriana Beringuy, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), durante a apresentação dos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) referente ao último trimestre de 2023.
De acordo com os dados anunciados pelo IBGE nesta quarta-feira (31), esse valor representa um aumento de 7,2% em relação a 2022, quando a renda média era de R$ 2.780,00. Essa variação anual é a mais expressiva desde que o instituto iniciou a série histórica em 2012.
A pesquisadora refutou a ideia de que esse aumento tenha sido impulsionado por uma base de comparação desfavorável, destacando que se deve a crescimentos significativos tanto na população ocupada quanto na população empregada com carteira assinada. Ela observou que os trabalhadores formalizados tendem a ter salários mais altos do que os informais, o que impacta positivamente na renda total do trabalho.
O aumento na renda média também contribuiu para um crescimento na massa de rendimentos real habitualmente recebida pelos trabalhadores brasileiros em todos os setores de trabalho. Em 2023, essa massa atingiu o valor recorde de R$ 301,602 bilhões, conforme os dados do IBGE.

Além disso, o IBGE divulgou as variações na renda real em 2023 em comparação com 2022, categorizadas por posição na ocupação e na categoria de emprego.
No último ano, foram registrados aumentos na renda real para diversas categorias, incluindo empregados do setor privado com carteira assinada (2,9%), empregados do setor privado sem carteira assinada (14,9%), trabalhadores domésticos (5,5%), empregados do setor público (5,1%), empregadores (13%) e trabalhadores por conta própria (10,1%).
No entanto, ao comparar a renda real de 2023 com a do período pré-pandemia em 2019, foram observadas quedas para algumas categorias, como empregados do setor privado (-0,9%), empregados do setor público (-3,5%) e empregadores (-3,4%), enquanto outras apresentaram aumentos, como trabalhadores domésticos (0,2%) e empregados do setor privado com carteira assinada (14,6%).
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