Ibovespa bate recorde e dólar atinge menor nível desde agosto

Atualizado em 26 de dezembro de 2023 às 19:20
Bolsa de valores. Foto: Patricia Monteiro/Bloomberg

O Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em alta nesta terça-feira (26) e ultrapassou a marca dos 133 mil pontos, estabelecendo um novo recorde.

Durante a sessão, os investidores reagiram às informações do último Boletim Focus de 2023, que mais uma vez indicou uma redução nas expectativas de inflação para este ano e o próximo. As projeções para o valor do dólar também registraram queda.

Na última semana do ano, caracterizada por um menor volume de negociações, o mercado aguarda importantes divulgações importantes, com destaque para os dados de inflação e emprego no Brasil, além da atividade econômica nos Estados Unidos.

No mesmo contexto, o dólar encerrou em baixa, atingindo o menor nível desde agosto. A queda foi de 0,79%, com a cotação de R$ 4,8220, o menor valor desde 2 de agosto, quando fechou em R$ 4,8039. Ao longo do mês, a moeda norte-americana acumulou queda de 1,90% no mês, e no ano, a redução atingiu 8,64%.

Cédulas de dólar. Foto: bearfotos/Freepik

Quanto ao Ibovespa, registrou um aumento de 0,59%, alcançando os 133.533 pontos. No mês, o índice acumulou ganhos de 4,87%, e no ano, a valorização foi de 21,69%.

O início da semana apresentou uma agenda econômica mais leve, com destaque para o Boletim Focus, relatório do Banco Central do Brasil (BC) que reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro. Na última edição do ano, as estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) indicaram uma redução tanto para 2023 quanto para 2024.

As expectativas para o IPCA deste ano apontam para uma elevação de 4,46%, mantendo-se abaixo do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que varia de 1,75% a 4,75%. Para 2024, a estimativa de inflação caiu de 3,93% para 3,91%.

Além disso, as projeções para o preço do dólar em 2023 foram revisadas para baixo, com a expectativa de que a moeda encerre o ano cotada a R$ 4,90.

Essa redução nas projeções é atribuída à possibilidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) iniciar cortes nas taxas de juros no primeiro semestre do próximo ano. Juros mais baixos nos Estados Unidos tendem a impulsionar investidores para ativos de risco, como os mercados de ações e títulos de países emergentes, como o Brasil.

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