
O presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve no último domingo (07) na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte, e recebeu a oportunidade de discursar no púlpito do templo. Ao mesmo tempo em que o candidato à reeleição estava no culto, entretanto, quem também marcava presença no evento era o assassino de Daniella Perez, Guilherme de Pádua.
Como informou o site NaTelinha em primeira mão, Guilherme de Pádua vive dentro de uma bolha e é protegido por membros da Lagoinha, principalmente pelo pastor André Valadão, que já o defendeu publicamente. Após pedir perdão para Glória Perez, o assassino da atriz afirmou que iria focar-se na vida religiosa e a esposa dele chegou a publicar nas redes sociais que o casal estaria no culto comemorativo ao pastorado do líder da igreja, pastor Márcio Valadão.
Quem também marcou presença no culto foi Jair Bolsonaro. O mandatário subiu no púlpito para discursar, após o convite do líder da igreja, que fez questão de comparecer ao evento embora sequer more no Brasil. Valadão fez questão de comemorar ao lado do pai e da irmã, Ana Paula Valadão.
Apesar de ter rompido com o presidente em 2020, por conta da campanha contrária à vacinação, Valadão defendeu o fechamento de igrejas e a imunização, compartilhando um vídeo em que aparece orando ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
A presença de Bolsonaro na igreja de Guilherme de Pádua chama a atenção porque o presidente já declarou por várias ocasiões ser favorável à pena de morte para crimes hediondos, tais como o cometido pelo ex-ator e que agora é pastor na Lagoinha. O próprio assassino de Daniella Perez, aliás, declarou voto em mais de uma ocasião em 2018 e se declara bolsonarista, assim como a esposa dele.
Bolsonaro busca o apoio dos evangélicos para tentar crescer nas intenções de votos porque está abaixo de seu principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre o grupo religioso, ele vence o petista, mas não vem tendo o mesmo desempenho que alcançou em 2018.