Na noite da última quarta-feira (15), a imprensa internacional repercutiu os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Os irmãos Oseney da Costa e Amarildo dos Santos admitiram participar das mortes da dupla.
A Al Jazeera explicou ao seu público que o crime vai trazer consequências ao governo de Jair Bolsonaro (PL). Isto porque a gestão bolsonarista recebeu muita pressão na Cúpula das Américas para que o caso fosse solucionado o mais rápido possível. Apesar da Polícia Federal ter descoberto quem foram os executores do crime, investigações serão feitas para saber quem foi/foram o/os mandante/mandantes dos homicídios.
O jornal inglês The Guardian destacou que “remanescentes humanos” foram encontrados no Vale do Javari, local onde as vítimas desapareceram no dia 5 de junho. “Dom Phillips e Bruno Pereira: Polícia brasileira encontra dois corpos em busca de desaparecidos”, diz o título da notícia.
O The Washington Post repercutiu a informação de que os irmãos confessaram ter matado Dom e Bruno. O The News York Times e o Le Monde seguiram a mesma linha.
A BBC News explicou aos telespectadores britânicos que a polícia brasileira trabalhava junto com a Interpol para que fosse descoberta a identidade dos corpos.
Dois corpos foram encontrados na região do Vale do Javari, no Amazonas, na última quarta, local onde o indigenista e o jornalista inglês estavam desaparecidos desde 5 de junho.
Uma das pessoas que assumiu ter cometido o crime, Amarildo da Costa Oliveira, mais conhecido como ‘Pelado’, foi levado para a área de buscas. Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública, revelou em seu perfil do Twitter que “remanescentes humanos” foram achados na região e que agora terão que passar por perícia.
No último domingo (12), a corporação informou que encontrou um cartão de saúde com o nome do indigenista e outros itens que pertenciam a ele e Dom Phillips. Entre os objetos estavam uma mochila, um notebook e um par de sandálias. Eles também passarão por perícia.
A reserva tem sido alvo de conflitos armados por conta de tráfico de drogas, roubo de madeira e garimpo ilegal.