Indicado de Bolsonaro para a Petrobras não cumpre requisitos, diz conselheira da estatal

Atualizado em 23 de junho de 2022 às 17:23
Foto da Petrobras com o letreiro da empresa escrito nas cores verde e amarelo
Conselheira da Petrobras diz que indicado de Bolsonaro não cumpre requisitos
Foto: Reprodução

Embora o governo Bolsonaro acredite que Caio Paes de Andrade seja ideal para se tornar presidente da Petrobras, conforme disse à Reuters uma alta autoridade do governo, a conselheira Rosângela Buzanelli, que representa os funcionários da estatal no Conselho de Administração, não concorda, segundo reportagem da Folha de S.Paulo.

O processo para Andrade se tornar o chefe da empresa terá uma etapa decisiva na sexta-feira (24), quando um comitê da Petrobras avaliará se o indicado pelo Ministério de Minas e Energia para o cargo preenche requisitos profissionais.

Com a demissão de José Mauro Coelho, a aprovação do nome de Andrade pelo Celeg (Comitê de Elegibilidade da Petrobras), é vista como um movimento que pode suavizar a relação entre a empresa e o acionista controlador.

O aval do Celeg facilitaria a aprovação do indicado de Bolsonaro para se tornar presidente da companhia, após o governo trocar os últimos três presidentes por problemas com a política de preços.

Mas, segundo a conselheira, se assim acontecer, haveria uma violação do artigo 17 da Lei das Estatais, o qual estabelece que, para ser Presidente da Petrobras, é preciso experiência profissional mínima de “dez anos, no setor público ou privado, na área de atuação da empresa pública ou da sociedade de economia mista ou em área conexa àquela para a qual forem indicados em função de direção superior”.

De acordo com o artigo, de forma alternativa, a experiência de quatro anos em cargo de diretoria em empresa de porte similar, “cargo público de confiança em nível superior (DAS-4) ou ainda cargo de docência ou pesquisa na área de atuação da empresa”.

“O fato é que Andrade não tem notório conhecimento na área, é formado em comunicação social e sem experiência no setor de petróleo e energia”, disse a conselheira, destacando que esta é a sua avaliação e não a do conselho.

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