
A Polícia Federal indiciou 24 militares por plano golpista nesta quinta (21) e a maioria dos nomes não surpreendeu a cúpula das Forças Armadas, que já esperava a inclusão de generais e coronéis mais ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Dois oficiais, no entanto, causaram espanto.
Segundo a coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo, a inclusão do general Nilton Diniz Rodrigues e do coronel Fabrício Moreira de Bastos chamou atenção de militares. Os dois ainda estão na ativa e a cúpula tenta entender as razões para os indiciamentos.
O primeiro é o atual comandante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, em São Gabriel da Cachoeira (AM), na fronteira com a Venezuela. Seu nome apareceu pela primeira vez nas investigações agora e seu indiciamento, segundo militares, deve estar relacionado ao fato de ter sido assistente de Freire Gomes, comandante do Exército entre março e dezembro de 2022.
O indiciamento do coronel gerou surpresa na cúpula pelo fato de ele ser adido do Exército em Tel Aviv, em Israel, e estar fora do país. Bastos é acusado de ajudar a redigir a Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro, documento de teor golpista.

A cúpula do Exército afirma que ainda é “muito cedo para se posicionar” sobre o indiciamento dos militares e que qualquer decisão interna dependerá de “alguma medida cautelar que porventura seja tomada pela Justiça”.
A Polícia Federal ainda indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e alguns de seus aliados, como os generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno.
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