O texto abaixo foi publicado no facebook de Juliana Mittelbach, que é enfermeira no Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba. Ela conta que o marido levou o filho pequeno, com asma, para uma unidade de saúde e, não fosse ela profissional de saúde, teriam saído de lá direto para a farmácia e comprado cloroquina. O que está por trás desse insistência para consumo do remédio que tem em Jair Bolsonaro seu principal propagandista? Segue o texto:
Marquinhos apresentou esforço respiratório. Ele tem asma. Estávamos sem a bombinha. Daniel Mittelbach o levou à Umidade Básica de Saúde. Fiquei em casa com a Maria Rosa e porque tinha aula (virtual) do mestrado.
A médica que o atendeu pediu teste pra covid-19 e fez muitas reclamações sobre a falta de protocolo da prefeitura e um discurso politico bem característico de bolsominion.
Disse ela ao Daniel que não poderia prescrever, mas recomendava que ele fosse a farmácia e comprasse cloroquina e desse ao Marquinhos. Que não dá pra ficar esperando evidência científica.
Meu filho tem 9 anos!!! Está em desenvolvimento.
Eu tenho formação na área da saúde e sei que cloroquina não é benéfico para covid-19 e muito menos para asma.
Além disso, tenho consciência de que a cloroquina tem sido utilizada para uma disputa política rasa e não com base científica com foco na saúde da população.
Mas imagine quantas famílias essa pediatra pode ter influenciado a utilizar uma medicação que, já foi comprovado, não auxilia no tratamento de covid-19 e que possui uma quantidade imensa de efeitos colaterais, além de retirar do mercado para quem realmente faz uso desta medicação de forma contínua.
Pensa no grau da minha indignação!