
Com a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ser condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já na semana que vem, parte dos aliados do ex-capitão planejam apostar nele como principal cabo eleitoral do PL, não como candidato. A informação é do jornal O Globo.
Em conversas reservadas, aliados do ex-mandatário já admitem a derrota na Corte. O cenário mais otimista entre integrantes do PL prevê três votos favoráveis entre os sete ministros. Diante disso, caso Bolsonaro se torne inelegível, o partido vai intensificar a estratégia, já em andamento, que prevê um tour do ex-presidente pelo país.
“Tenho convicção de que ele não vai ficar inelegível. Mas, se essa loucura acontecer, certamente elegeremos mais prefeitos, porque a força da palavra do Bolsonaro crescerá”, disse o presidente do partido, Valdemar Costa Neto.
Vale destacar que, como parte do plano, Bolsonaro esteve em Porto Alegre, na última sexta-feira (23), num evento de filiação de prefeitos. Na próxima segunda-feira, ele irá participar de uma reunião em São Paulo também com o intuito de “turbinar” os quadros do partido.

Na sexta-feira, durante o ato organizado pelo PL, em Porto Alegre, 11 prefeitos e 12 vices de cidades do interior do Rio Grande do Sul formalizaram a filiação à sigla. Na ocasião, Bolsonaro disse que, se for absolvido, irá concorrer a vereador no ano que vem e a presidente em 2026, “se estiver vivo e for a vontade do povo”.
O PL ainda tem duas armas principais para impulsionar os números. A primeira é o que vem sendo chamado dentro da sigla de a “palavra do Bolsonaro”. Já a segunda é a maior fatia, entre todos os partidos, de dinheiro público ao qual terá direito por ter eleito a maior bancada do Congresso no último pleito.