
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) será o responsável por coordenar a interlocução da família Bolsonaro com Donald Trump, na tentativa de convencer o próximo presidente dos Estados Unidos a reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL).
A família Bolsonaro acredita que uma eventual pressão internacional exercida por Trump possa influenciar o Supremo Tribunal Federal (STF) a reconsiderar a situação, interrompendo o que chamam de “perseguição” a Bolsonaro, conforme informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.
Em sintonia com essa estratégia, Eduardo Bolsonaro acompanhou a apuração da eleição americana diretamente do resort de Trump, na Flórida, levando ao presidente eleito as saudações de seu pai.
Eduardo, que em 2019 chegou a ser cogitado pelo próprio pai para ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos, mas não foi indicado devido à falta de votos no Senado, é o principal articulador da família junto à extrema direita americana e latino-americana.

O primeiro “teste de amizade” com Trump deve ocorrer em breve, quando Bolsonaro planeja solicitar ao STF a devolução de seu passaporte para que possa comparecer à posse na Casa Branca, prevista para 20 de janeiro de 2025.
A estratégia inclui um contato direto com o ministro Alexandre de Moraes, visando convencer o magistrado a permitir sua presença na cerimônia de posse de Trump.
Para viabilizar essa tentativa, Bolsonaro teria autorizado diálogos com o ex-presidente Michel Temer, que atuaria como intermediário com Moraes. A intenção de acompanhar in loco a posse do republicano marcará a terceira tentativa de Bolsonaro de recuperar seu passaporte.