Inflação desacelera em outubro e tem menor taxa para o mês desde 1998

Atualizado em 11 de novembro de 2025 às 21:52
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, falando em microfone e gesticulando, olhando para o lado
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – Ricardo Stuckert/PR

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no país, subiu 0,09% em outubro, informou o IBGE nesta terça-feira (11). O resultado mostra desaceleração frente a setembro, quando a alta foi de 0,48%, e ficou abaixo das previsões do mercado, que esperavam avanço entre 0,10% e 0,16%. Foi a menor taxa para um mês de outubro desde 1998, quando o índice ficou em 0,02%. Com informações do g1.

Com o resultado, a inflação acumulada em 2025 chegou a 3,73%, e, em 12 meses, alcançou 4,68%. Em outubro do ano anterior, o IPCA havia registrado alta de 0,56%. A queda foi influenciada principalmente pela redução no custo da energia elétrica, que teve impacto negativo de 0,10 ponto percentual no índice geral.

A energia elétrica residencial ficou 2,39% mais barata, após a mudança na bandeira tarifária — de vermelha patamar 2, com cobrança de R$ 7,87 a cada 100 kWh, para vermelha patamar 1, que cobra R$ 4,46. Segundo o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, o reajuste da bandeira foi determinante para a queda dos preços. Também contribuíram o recuo nos preços de aparelhos telefônicos (-2,54%) e no seguro de veículos (-2,13%).

Entre os nove grupos pesquisados pelo IBGE, Vestuário teve a maior alta (0,51%), impulsionado por calçados e acessórios (0,89%) e roupas femininas (0,56%). Em Despesas pessoais (0,45%), houve destaque para empregado doméstico (0,52%) e pacote turístico (1,97%). Já Saúde e cuidados pessoais (0,41%) teve influência de produtos de higiene (0,57%) e planos de saúde (0,50%).

O grupo Alimentação e bebidas, que tem maior peso no índice, registrou estabilidade (0,01%), encerrando sequência de quedas. A alimentação em casa caiu 0,16%, com queda de produtos como arroz (-2,49%) e leite longa vida (-1,88%). Em contrapartida, batata-inglesa (8,56%) e óleo de soja (4,64%) ficaram mais caros. Já a alimentação fora de casa subiu 0,46%, com alta de 0,75% nos lanches e 0,38% nas refeições.

Nos Transportes (0,11%), os principais aumentos vieram das passagens aéreas (4,48%) e dos combustíveis (0,32%). O óleo diesel teve leve queda (-0,46%), enquanto etanol (0,85%), gás veicular (0,42%) e gasolina (0,29%) registraram pequenas altas.

Jessica Alexandrino
Jessica Alexandrino é jornalista e trabalha no DCM desde 2022. Sempre gostou muito de escrever e decidiu que profissão queria seguir antes mesmo de ingressar no Ensino Médio. Tem passagens por outros portais de notícias e emissoras de TV, mas nas horas vagas gosta de viajar, assistir novelas e jogar tênis.