Inflação destrói efeito do Auxílio Brasil em bolsões de pobreza

Nem o aumento do benefício é suficiente para reverter os votos na eleição

Atualizado em 15 de agosto de 2022 às 13:23
Veja a fome
Fome. Foto: Reprodução

Como conta a Folha de S.Paulo, embora o valor tenha sido aumentado, isso não fez com que Souza revertesse seu voto, como também não fez com que a maioria de seus vizinhos em Coronel João Sá, cidade de 17 mil habitantes do norte da Bahia que vive em situação de pobreza e extrema pobreza, revertessem.

Em uma disputa para o comando de um país localizado em um cenário de piora constante nas condições de vida da população e insegurança alimentar, benefícios como o reajuste temporário do auxílio que permite que essas famílias se alimentem, se tornam uma moeda de troca em um plano eleitoral.

No entanto, um dos maiores empecilhos para a execução dessa tática é a própria inflação gerada no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que dispara cada vez mais e destrói o poder de compra desse povo. Assim, a renda extra não consegue se transformar “magicamente” em votos.

De 2019 a junho de 2022, a inflação aumentou cerca de 26,5% no Brasil, como aponta o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Além disso, o Brasil ainda vive um momento de retrocesso na segurança alimentar, com 33 milhões de pessoas passando fome, de acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional.

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