
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo de meio mês (IPCA-15), que representa a prévia da inflação brasileira para janeiro, registrou um aumento de 0,31%, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa variação ficou abaixo das expectativas do mercado, que esperava um aumento de 0,47%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram elevação, com destaque para alimentação e bebidas, que teve a maior variação de 1,53%. No entanto, o grupo de transportes registrou uma queda de 1,13%.

Igor Cadilhac, economista do PicPay, destaca que, apesar da surpresa para baixo no índice geral, a análise qualitativa não foi favorável, especialmente devido à piora nos serviços, principalmente nos itens subjacentes.
“A piora dos serviços, principalmente dos subjacentes, foi uma decepção. De modo geral, podemos separar o IPCA-15 de hoje em duas perspectivas: a boa, que provavelmente reduzirá as expectativas do fechado de 2024 por meio de itens voláteis; e a ruim, que é o qualitativo pior para a política monetária”, disse o economista.
Marcela Kawauti, economista da Lifetime Asset, por sua vez, ressalta a importância de verificar se a redução nos preços de combustíveis e passagens aéreas será repassada para outros serviços, que ainda estão aumentando acima do índice cheio de inflação.
Para ela, se a diminuição se limitar a esses grupos, as próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central devem manter o ritmo atual, com cortes de meio ponto percentual na taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, uma visão compartilhada por Cadilhac.
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