
Imagem: Reprodução.
Em agosto de 2021, uma decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) fez com que o YouTube cortasse a receita de canais que davam visibilidade para discursos sobre fraudes nas urnas eletrônicas, o que impactou na renda de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que alcançavam grandes públicos com esses conteúdos.
Com essa medida, 14 canais na plataforma sofreram com a queda da renda monetária, como o Te Atualizei, Vlog do Lisboa, Folha Política, Giro Livre e Jornal Cidade Online. Além deles, o Terça Livre de Allan dos Santos e o canal de Oswaldo Eustáquio foram suspensos. Alguns desses influenciadores de extrema-direita também são citados em inquéritos do STF (Supremo Tribunal Federal) que investigam atos antidemocráticos e a disseminação de fake news.
Um levantamento da consultoria de análise de dados Novelo Data, feito a pedido da Folha de S. Paulo, mostra que pedidos via Pix se tornam cada vez mais comuns desde a medida, com uma explosão de menções a transação em perfis como esses no YouTube.
A Folha Política, com 2,7 milhões de seguidores, é quem mais pede esse tipo de ajuda, incluindo sua chave Pix na descrição de mais de 200 vídeos somente em junho. “Toda a receita gerada pelo nosso jornal desde 1º de julho de 2021 está bloqueada por ordem do TSE. Ajude a Folha Política a continuar o seu trabalho”, enfatiza o pedido.
A ”vaquinha” se constitui também em pedidos objetivos, como os de Alberto Silva, responsável pelo Giro de Notícias, que chegou a pedir aos seguidores auxílio para obter um aparelho de R$ 5.000 e diminuir em 50% o valor da internet para continuar suas transmissões ao vivo. Não suficiente, existe a parcela de influenciadores que pede esses repasses para finalidades como pagar a multa do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).
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