A influenciadora Yeda Freitas, de 30 anos, foi presa em Goiânia na última sexta-feira (19), acusada de participação no assassinato de Douglas Henrique Silva em março de 2022. Além da influencer, Mateus Barbosa da Silva, José Camilo Pereira Bento, Antônio Luiz de Souza Filho, Getúlio Junior Alves dos Santos e Leandro Silva Rodrigues também foram presos.
Segundo a investigação, a motivação do crime seria uma dívida de R$ 250 mil, adquirida pelo grupo ao comprar uma “loja de cocaína” da vítima. Antonio Luiz, conhecido como Toinzinho, é ex-namorado da Yeda e apontado como o mentor do crime, pois ele que teria comprado o empreendimento de Douglas.
Para dificultar a investigação da polícia, o grupo tinha uma lista fechada de clientes. Para serem aprovados, os compradores passavam por rastreio e entrevistas, só após confirmarem que não eram policiais os usuários tinham acesso ao WhatsApp dos traficantes que entregavam as drogas por delivery.
“Eles tinham todo um sistema de atendimento e entrega das drogas. Para ser cliente, existia uma investigação para saber se a pessoa era policial e confirmar se ela era de confiança. Era uma atividade sistematizada como empresa”, explica o delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama.
O esquema era tão bem executado que a polícia só conseguiu detectar após o assassinato de Douglas. “Não foram encontradas drogas com eles, só descobrimos o funcionamento da empresa por causa do homicídio”, disse.
A polícia também apreendeu nove celulares com os criminosos, sendo seis deles utilizados para o esquema de tráfico de drogas, e dois aparelhos estavam com Yeda. Alfama indica que o grupo responde por homicídio qualificado, o que gerou a prisão, mas nenhum dos seis responde por tráfico de drogas até o momento.