“Informações inverídicas”: Petrobras desmente matéria do Globo sobre gestores

Atualizado em 1 de novembro de 2023 às 18:58
Fachada da Petrobras
Petrobras quer liderar transição energética no Brasil sem abandonar petróleo – Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

A Petrobras divulgou uma nota desmentindo matéria do jornal O Globo que dizia que a estatal nomeou um ex-funcionário condenado por corrupção. O texto, de Malu Gaspar, diz que a contratação de Luiz Fernando Nery ocorreu por meio de uma manobra para “driblar” o compliance da empresa.

“O empregado não foi demitido por corrução como afirma equivocadamente o título da matéria. A demissão foi aplicada pelo então gerente executivo de Recursos Humanos, Cláudio Costa, por interesse da empresa, sem qualquer acusação de corrupção nem por meio de acordo”, diz a Petrobras. 

A empresa também diz que a matéria traz “informações inverídicas” e esclarece que nenhuma investigação “imputou qualquer responsabilidade ao profissional”. O texto também cita outros gestores da área jurídica da Petrobras, mas a nota da estatal aponta que as informações “não são verdadeiras”.

Leia a nota na íntegra:

A matéria “Petrobras nomeia gerente demitido por corrução como interino para driblar compliance”, publicada nesta quarta-feira (1/11) no site O Globo online, traz informações inverídicas.

Luís Fernando Nery não foi alvo de uma comissão interna de apuração (CIA) sobre ingressos em camarotes no carnaval baiano, como afirma a matéria. O empregado não foi acusado de corrupção, não atuava na gerência responsável pelo caso investigado e a conclusão da apuração interna não imputou qualquer responsabilidade ao profissional.

Também não é correta a informação sobre acordo para demissão ocorrida em 2019 e não tem relação com a apuração interna citada. Portanto, o empregado não foi demitido por corrução como afirma equivocadamente o título da matéria. A demissão foi aplicada pelo então gerente executivo de Recursos Humanos, Cláudio Costa, por interesse da empresa, sem qualquer acusação de corrupção nem por meio de acordo.

O relatório de maio de 2020 citado na matéria trata de apuração sobre gestão relativa a outro contrato que não tem relação com o caso dos ingressos do carnaval baiano. Tal relatório não aponta em sua conclusão nenhum ato de corrupção.

Também não são verdadeiras as informações sobre os gestores da área jurídica da empresa. Marcelo Mello nunca foi sócio de Nestor Cerveró nem delator da Lava Jato. Pelo contrário, foi testemunha em favor do Ministério Público em processo contra Cerveró. O advogado já atuou no jurídico da Petrobras e atende às qualificações exigidas para a função de gerente executivo.

Carlos César Borromeu de Andrade é profissional de carreira da Petrobras, com mais de 30 anos de experiência, incluindo o exercício de cargos gerenciais. Na qualidade de gerente, Carlos Borromeu não era subordinado ao ex-diretor Nestor Cerveró, mas sim à Gerência Executiva do Jurídico à época.

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