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Infraero diz que vai rever concessões de aeroportos, como Congonhas, e contratos não serão assinados

Saguão do Aeroporto de Congonhas, em SP

Os aeroportos da 7ª rodada de concessões (entre eles Congonhas, Jacarepaguá e outros treze do Sudeste e do Norte), ocorrida em agosto passado, não terão seus contratos assinados e permanecerão com a Infraero, diz um informe interno ao qual o DCM teve acesso.

A nota é da última terça, dia 14, e cita o presidente Rogério Barzellay.

Os aeroportos de Viracopos (Campinas), São Gonçalo do Amarante (Natal) e Galeão (Rio de Janeiro), de acordo com o comunicado, estão em processo de devolução para a administração da Infraero e devem num futuro próximo reintegrar o portifólio da estatal.

“Estamos assinando contratos para que a Infraero faça construção ou ampliação de dezenas de aeródromos regionais, processo já em andamento”, afirma a nota, assinada por um gerente.

“A empresa voltará a crescer e exercer papel de destaque no cenário da administração aeroportuária nacional. Todas as futuras concessões estão suspensas/canceladas. Havendo necessidade, empregados cedidos serão convocados para o retorno às atividades na Infraero. Até a realização de novos concursos públicos está em estudo”.

“Passamos momentos difíceis nos últimos anos. Testemunhamos um processo de esvaziamento e tentativa de minar a credibilidade da empresa, passamos por uma pandemia que acelerou o processo de diminuição do efetivo, com muitas cessões e desligamentos”, diz.

A Infraero mandou a seguinte nota ao DCM:

Em relação a e-mail de empregado da Infraero sobre reunião do presidente da Companhia, Rogério Barzellay, com gestores do Aeroporto Santos Dumont, esta semana, seguem os esclarecimentos:

Os assuntos tratados versaram sobre perspectivas relacionadas a decisões que cabem ao Ministério de Portos e Aeroportos e à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), não sendo da alçada da Infraero decidir nem anunciar nada relativo a tais temas.

Em referência a contratos de prestação de serviço a aeroportos regionais e retorno de empregados cedidos aos quadros da empresa – se for necessário para fazer frente a compromissos que venham a ser assumidos – trata-se de possibilidades reais e que, de fato, foram mencionados na referida reunião.

A Infraero, cumprirá, como sempre, as decisões das autoridades competentes e está preparada para continuar administrando todos os aeroportos que a ela forem outorgados.

ABAIXO NOTA DIVULGADA AOS EMPREGADOS DA INFRAERO:

Como sempre foi dito no âmbito interno desta Companhia desde o início das rodadas de concessão, a Infraero, dentro do sistema nacional de aviação civil, não figura entre os atores que estabelecem a política que será adotada no setor.
Recebemos nossa missão da União e com o empenho de todo o corpo funcional, estamos há quase 50 anos cumprindo com galhardia nosso papel.

Qualquer definição sobre o que ocorrerá com a sétima rodada de concessões aeroportuárias, ou mesmo com o que se planeja sobre os aeroportos do País, não passa pela capacidade decisória de nossa Empresa.

Nosso papel é contribuir com nossa técnica apurada, com nossa histórica e notória competência para cumprir a missão que nos for atribuída. Que continuemos resilientes, atentos e prontos a cumprir este papel, sem nos impressionar sobre a forma como se interpretam e propagam as palavras de quem acredita que nossa Empresa pode e deve ter um futuro tão ou mais grandioso que o seu passado.

Diario do Centro do Mundo

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