Iniciativas de EUA e China, mal-estar com Milei e aliança contra a fome: o 1º dia do G20

Atualizado em 18 de novembro de 2024 às 20:30
Lula na 2ª Sessão de Líderes do G20 - Divulgação/PR
Lula na 2ª Sessão de Líderes do G20 – Divulgação/PR

Após o término das reuniões do primeiro dia da Cúpula de Líderes do G20, chefes de Estado e outras autoridades participaram de um jantar oficial oferecido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva.

No início do dia, os participantes foram recebidos por Lula e sua esposa, Janja. Durante esta segunda-feira (18), ocorreram duas sessões de debates entre os líderes. A primeira focou no lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, enquanto a segunda discutiu a reforma na governança global.

Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza

Considerada uma das principais conquistas do Brasil na liderança do G20, a Aliança foi oficializada nesta segunda-feira. Ao todo, 82 países, incluindo Estados Unidos, China, França, Alemanha, Índia, Austrália, Noruega e Bangladesh, aderiram à iniciativa.

Além desses países, a força-tarefa conta com o apoio da União Africana, União Europeia, 24 organizações internacionais, 9 instituições financeiras e 31 entidades filantrópicas e não governamentais. A Argentina foi o último país a anunciar sua adesão, em meio a especulações sobre a postura do governo em relação ao pacto.

Relação entre Lula e Milei

O relacionamento entre Lula e o presidente argentino, Javier Milei, chamou atenção pela aparente frieza. Durante a recepção oficial, o cumprimento entre os dois foi descrito como distante, contrastando com o tom amistoso observado com outros líderes.

No passado, Milei já havia criticado Lula, usando termos como “comunista” e “corrupto”. Analistas apontam que a postura de Milei pode estar relacionada à vitória recente de Donald Trump nos EUA, com quem ele compartilha uma agenda conservadora.

Foto oficial

A tradicional foto oficial da cúpula registrou algumas ausências notáveis. O presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, atrasaram-se devido a uma reunião bilateral realizada paralelamente. Quando chegaram, os demais líderes já haviam deixado o palanque. Outra ausência foi a da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, sem explicações divulgadas até o momento.

Anúncios dos EUA e da China

Durante as sessões da cúpula, os dois países anunciaram importantes iniciativas. A China, em colaboração com o Brasil, África do Sul e União Africana, revelou um plano para direcionar inovações tecnológicas e científicas ao Sul Global. Já os EUA anunciaram uma contribuição de US$ 4 bilhões ao fundo da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), do Banco Mundial, voltado aos países mais pobres.

Como anfitrião da cúpula, o Brasil buscou reforçar a cooperação internacional em áreas estratégicas, como mudanças climáticas, combate à desigualdade e reforma na governança global.

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