Insatisfeitos com pastores no MEC, assessores pediram demissão, diz CGU

Atualizado em 26 de junho de 2022 às 15:14
PF quer saber se Bolsonaro interferiu na investigação sobre Milton Ribeiro
Milton Ribeiro, ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

De acordo com Relatório Final divulgado da CGU (Controladora-Geral da República) sobre supostas irregularidades no Ministério da Educação, durante a gestão de Milton Ribeiro, assessores do até então ministro pediram demissão de seus cargos pelo fato de Ribeiro insistir na permanência do Pastor Arilton Moura e Gilmar Santos dentro de seu gabinete na pasta.

Em documento, divulgado pela CNN Brasil, foi possível ver os assessores do gabinete de Ribeiro alertando o ex-ministro da Educação em relação ao perigo das atuações dos pastores para a imagem dele e do próprio MEC. No entanto, a CGU se pronunciou dizendo que as ações adotadas pelo ministro foram contrárias as que foram recomendadas a ele.

O Relatório Final da CGU cita, ainda, entrevista de Milton Ribeiro à CNN a qual ele diz que as declarações do então ministro a respeito de ter recebido orientações pela própria Controladora-Geral da República a prosseguir recebendo os pastores para que eles não desconfiassem da apuração aberta pelo órgão ”suscitam dúvidas quanto à sua veracidade”.

Segundo o órgão, ”não houve qualquer preocupação por parte do ministro com a imagem do MEC na manutenção (e, de certo modo, intensificação) dessa proximidade com a dupla de reverendos”.

Vale ressaltar que, o relatório produzido pela GCU foi usado como base para a operação policial que resultou na prisão do ex-ministro Milton Ribeiro e dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, por suspeitas de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa, e tráfico de influência.

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