Insisto na necessidade de apoiar Aras para apurar o que ocorreu na Lava Jato. Por Kakay

Atualizado em 28 de junho de 2020 às 10:27
Augusto Aras e Deltan Dallagnol. Foto: Wikimedia Commons

POR ANTONIO CARLOS DE ALMEIDA CASTRO, o Kakay, advogado criminalista

Tenho insistido na necessidade de apoiar fortemente a coragem do procurador-geral da República, Augusto Aras, e do seu grupo, em apurar tudo o que realmente ocorreu na Força Tarefa de Curitiba, que era coordenada pelo ex-juiz Sergio Moro e seu pupilo Deltan Dallagnol.

A primeira visita de uma subprocuradora, de confiança do procurador-geral, assustou a FT.  Entraram com uma reclamação na Corregedoria, três procuradores se retiraram da Força Tarefa, a turma do Deltan se manifestou contra.

Ora, repito, ninguém está acima da lei e é absolutamente necessário saber exatamente como agiam estes Procuradores da FT, inclusive quanto custaram aos cofres públicos, com diárias, viagens e tudo o mais.

Obviamente que ninguém pode questionar a completa independência funcional dos procuradores, um dos pilares de um Ministério Público forte. Mas nenhum Poder é absoluto, e tem que prestar contas.

Este grupo de Curitiba se julga acima das leis, da Constituição. Já dizia Lord Acton, em 1800, “todo poder tende a corromper e o poder absoluto corrompe absolutamente”.

A imprensa, que ajudou a estes procuradores a se sentirem semi-deuses, já começa a fazer o seu papel.

Afinal quando a FT estava no auge repetiam sempre: “quem não deve, não teme”.