
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), resolveu desenterrar um projeto para invalidar delações feitas por réus presos. Essa manobra poderia possibilitar a anulação da delação do tenente-coronel Mauro Cid, que implicou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em várias investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).
O projeto, redescoberto por Lira, foi inicialmente apresentado em 2016 pelo ex-deputado Wadih Damous (PT-RJ), atualmente secretário nacional do Consumidor. Naquela época, o objetivo era anular delações de empreiteiros presos pela Operação Lava-Jato, que envolviam o presidente Lula.
Agora, o principal beneficiário dessa proposta seria Bolsonaro. Na delação de Mauro Cid, o ex-mandatário foi acusado de participar de uma tentativa de golpe, falsificação de cartões de vacina e desvio de joias da Presidência.

Na última quarta-feira (5), deputados foram informados que Lira pautou um requerimento de urgência para ressuscitar o projeto de Damous com rapidez, conforme informações do colunista Bernardo Mello Franco, do Globo.
Contudo, a deputada Luiza Erundina, hostilizada por aliados de Bolsonaro na Comissão de Direitos Humanos, passou mal e precisou ser internada. A comoção e os protestos contra a violência política levaram à suspensão dos trabalhos na Câmara.
O incidente impediu que a estratégia de Lira se concretizasse. Do hospital, Erundina frustou o plano do presidente da Câmara de salvar o ex-capitão. Vale destacar que ela continua internada no hospital Sírio Libanês, na Asa Sul, em Brasília, e não tem previsão de alta.
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