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IPCA: Inflação de setembro sobre menos do que o esperado, diz IBGE

Cédulas de Real. (Foto: Reprodução)

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira (11), a inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acelerou para 0,26% em setembro, após registrar um aumento de 0,23% em agosto. Os analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam uma variação de 0,33% para setembro.

Com esse novo resultado, o IPCA acumulou uma inflação de 5,19% nos últimos 12 meses – até agosto, essa taxa era de 4,61%.

O IPCA é utilizado como referência para o regime de metas de inflação do Banco Central (BC). Para o ano de 2023, o BC busca manter a taxa dentro do centro da meta, que é de 3,25%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para mais (4,75%) ou para menos (1,75%). Ou seja, a meta será cumprida se o IPCA se mantiver nesse intervalo até dezembro.

Em relação à evolução da inflação, o índice fechou o ano de 2022 com 5,79%, desacelerou no início deste ano, chegando a 3,16% em junho. Entretanto, no começo do segundo semestre, a inflação voltou a ganhar força. Isso se deve em parte ao efeito da base de comparação, uma vez que os efeitos das três quedas ocorridas no segundo semestre de 2022 estão saindo do cálculo do IPCA em 12 meses.

Os analistas do mercado financeiro projetam, em média, um IPCA de 4,86% até dezembro de 2023, conforme a edição mais recente do boletim Focus. Esse valor está acima do teto da meta de inflação.

Neste ano, houve debates sobre a redução da taxa básica de juros, a Selic, como uma forma de evitar uma desaceleração econômica mais acentuada, e, após um período de estabilidade, o Comitê de Política Monetária do BC (Copom) começou a reduzir a taxa básica.

Em setembro, a Selic foi reduzida em 0,5 ponto percentual, de 13,25% para 12,75% ao ano. A movimentação marcou a segunda redução consecutiva com essa magnitude.

O Comitê se reunirá novamente nos dias 31 de outubro e 1º de novembro. Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC, indicou que o Copom deve manter o ritmo de cortes em 0,5 ponto percentual, mas ressaltou que a decisão será baseada em dados futuros.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC. (Foto: Reprodução)

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Victor Nunes

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