Irã anuncia fim da guerra com Israel: “Grande vitória”

Atualizado em 24 de junho de 2025 às 16:13
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Foto: Reprodução

O Irã declarou o fim do conflito com Israel nesta terça-feira (24), após 12 dias de guerra. A notícia foi acompanhada por declarações tanto do governo iraniano quanto de Israel, que sinalizaram uma interrupção das hostilidades.

O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que o desfecho representava uma “grande vitória” para o país, alegando que a guerra havia sido “imposta ao Irã pelo aventurismo de Israel”. O anúncio ocorreu poucas horas após o início oficial de um cessar-fogo, mediado pelos Estados Unidos e com o apoio do Catar.

O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do país islâmico, havia declarado na véspera que “a nação iraniana não é uma nação que se rende”, ressaltando a postura de resistência do país, mesmo diante dos ataques realizados por Israel e os Estados Unidos.

Em um tom mais enfático, o Comando Militar Conjunto do Irã emitiu uma declaração, afirmando que Israel e os Estados Unidos deveriam “aprender com os golpes esmagadores” sofridos durante o conflito. A declaração foi veiculada pela mídia estatal, como um lembrete da capacidade militar do país e do impacto dos ataques realizados.

O governo iraniano também anunciou que reabriria seu espaço aéreo após 12 dias de fechamento, permitindo o retorno de viagens internacionais. No entanto, de acordo com o site “FlightRadar 24”, que monitora voos em tempo real, alguns estavam já chegando e partindo de Teerã nesta terça, com a concessão de permissões especiais.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca. Foto: Getty Images

O cessar-fogo entrou oficialmente em vigor nas primeiras horas desta terça-feira (1h da manhã, horário de Brasília), após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O acordo foi imediatamente colocado em risco por relatos de novos ataques em Teerã e trocas de declarações acaloradas entre os envolvidos, o que levantou dúvidas sobre a sustentabilidade da trégua.

O republicano se manifestou sobre o cessar-fogo, afirmando que tanto Israel quanto o Irã haviam violado os termos do acordo, expressando descontentamento com ambas as partes. Em suas declarações, o presidente americano pediu que Israel “se acalmasse” e alertou: “Não jogue suas bombas. Se fizer isso, será uma grande violação”.

O governo dos EUA tem se mostrado insatisfeito com as ações dos dois países, embora tenha sido mediador na criação do cessar-fogo. A participação do Catar, como facilitador das negociações, também foi destacada pelas autoridades americanas, que apontaram a necessidade de um compromisso maior das partes para garantir a durabilidade do acordo.

O governo iraniano segue reafirmando sua posição, afirmando que a guerra foi imposta ao país, e que apenas resistiu.