Irã confirma morte de comandante das Forças Armadas em ataque de Israel

Atualizado em 12 de junho de 2025 às 23:34
chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, falando em microfone, sério, sem olhar para a câmera
O chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami – Reprodução/Reuters

O governo do Irã confirmou nesta sexta-feira (13), pelo horário local, a morte do general Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária, em um ataque aéreo lançado por Israel durante a madrugada. No Brasil, a ofensiva ocorreu na noite de quinta-feira (12). A morte de uma das figuras mais influentes do alto escalão militar iraniano marca um novo e preocupante capítulo na escalada de tensões entre Israel e Irã.

A Guarda Revolucionária do Irã é considerada a força mais poderosa das Forças Armadas iranianas. Criada após a Revolução Islâmica de 1979, a instituição tem como funções principais a proteção dos líderes do regime, o controle de manifestações populares e a supervisão de áreas estratégicas do país.

Além de Hossein Salami, o Irã também confirmou a morte dos cientistas nucleares Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoon Abbasi durante os bombardeios. Ambos eram figuras centrais no desenvolvimento do programa nuclear iraniano.

Durante a ofensiva, as Forças de Defesa de Israel atacaram dezenas de alvos militares e nucleares em território iraniano. Fortes explosões foram registradas em Teerã e em diversas outras cidades. De acordo com o Exército israelense, a ação tem como objetivo frear o avanço do programa nuclear do Irã, que é acusado de estar próximo da capacidade de produção de armas nucleares.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou em pronunciamento que o ataque teve como principal foco a usina nuclear de Natanz — considerada o coração do programa de enriquecimento de urânio iraniano. Segundo ele, os cientistas envolvidos também foram alvos diretos da operação.

“Estamos em um momento decisivo na história de Israel”, disse Netanyahu. O premiê também destacou que os ataques contra o Irã continuarão “por quantos dias forem necessários” para conter o que chamou de “ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel”.

Como medida preventiva diante de possíveis retaliações do Irã, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou estado de emergência e ordenou o fechamento imediato do espaço aéreo israelense. Os Estados Unidos negaram participação direta na operação militar. Segundo o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, Washington foi informado previamente da ação, mas não colaborou com sua execução.

O ataque ocorre em um momento de intensa deterioração nas relações entre Israel e Irã, com denúncias sobre o avanço do programa nuclear iraniano. Um oficial das Forças Armadas de Israel afirmou que Teerã já acumula material suficiente para fabricar bombas nucleares, o que aumenta a preocupação da comunidade internacional.

Jessica Alexandrino
Jessica Alexandrino é jornalista e trabalha no DCM desde 2022. Sempre gostou muito de escrever e decidiu que profissão queria seguir antes mesmo de ingressar no Ensino Médio. Tem passagens por outros portais de notícias e emissoras de TV, mas nas horas vagas gosta de viajar, assistir novelas e jogar tênis.