Nesta terça-feira (1°), o Irã lançou mais de cem mísseis balísticos em direção a Israel, seguindo a escalada dramática nas tensões regionais, conforme informado pelas Forças Armadas israelenses. A capital Tel Aviv registrou uma série de explosões logo após o lançamento.
O ataque é a primeira retaliação direta do Irã após o aumento das hostilidades entre Israel e o Hezbollah, grupo extremista libanês financiado por Teerã.
Segundo imagens divulgadas pela mídia israelense, os mísseis puderam ser vistos cruzando o céu de Tel Aviv, com alguns sendo interceptados pelo sistema de defesa antimísseis Domo de Ferro. O governo de Israel alertou os moradores para se abrigarem em bunkers. Até o momento, não há informações concretas sobre vítimas ou danos, mas a cidade permanece em alerta.
Os Estados Unidos haviam antecipado a possibilidade de um ataque iraniano contra Israel, afirmando que poderia ocorrer a qualquer momento.
Publicado por @gu_rebelloVer no Threads
Autoridades do Departamento de Estado dos EUA haviam informado que Washington estava ciente da movimentação militar do Irã e havia compartilhado esses dados com o governo israelense. “Os mísseis podem atingir Israel em 12 minutos”, relatou o site Axios, citando fontes do governo americano.
Os Estados Unidos prometeram uma resposta dura a qualquer ofensiva iraniana. “Se houver um ataque, haverá consequências severas”, afirmou um porta-voz do governo estadunidense, ressaltando o apoio a Israel.
Paralelamente, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, discutiu o tema com seu homólogo israelense, Yoav Gallant. Segundo fontes militares, os EUA estão fornecendo suporte direto para que Israel se prepare para uma resposta coordenada.
O porta-voz das Forças Armadas israelenses, Avichay Adraee, confirmou que Israel está totalmente preparado para enfrentar o Irã. “Os sistemas de defesa aérea estão em alerta total, e nossas aeronaves estão prontas para intensificar suas ações”, disse ele. “Estamos no auge da nossa prontidão, tanto ofensiva quanto defensivamente”, afirmou Adraee, acrescentando que Israel já esperava uma retaliação iraniana.
Esse não é o primeiro ataque direto do Irã contra Israel. Em abril deste ano, Teerã já havia disparado cerca de 300 drones e mísseis contra o território israelense, em retaliação a um bombardeio de Israel contra o consulado iraniano em Damasco, na Síria, que resultou na morte de um comandante do Exército iraniano. Naquela ocasião, as explosões ocorreram em torno de Jerusalém, mas não houve registro de vítimas.
A escalada atual ocorre em meio à crescente tensão entre Israel e o Hezbollah, grupo libanês apoiado pelo Irã. Na terça-feira (1º), soldados israelenses e membros do Hezbollah travaram o primeiro combate direto desde o início da guerra na Faixa de Gaza. O confronto aconteceu em uma vila no sul do Líbano, onde Israel tem realizado incursões pontuais contra bases do Hezbollah.
Como parte da operação, o Exército israelense realizou uma incursão terrestre “limitada” no sul do Líbano, com apoio de aeronaves da Força Aérea. O governo israelense também ordenou que moradores de mais de 20 cidades libanesas deixassem suas casas imediatamente e se deslocassem para a margem norte do rio Awali, alegando que o Hezbollah estava usando civis como escudos humanos.
Em resposta à incursão israelense, o Hezbollah disparou mísseis contra Tel Aviv, alegando ter atingido instalações do serviço secreto israelense, Mossad. Além disso, a milícia Houthi, que atua no Iêmen e também é financiada pelo Irã, afirmou ter disparado foguetes contra o território israelense.
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