
Neste domingo (25), as Forças Armadas de Israel anunciaram o plano de capturar 75% do território da Faixa de Gaza nos próximos dois meses. A medida reduziria o espaço disponível para os cerca de 2,3 milhões de palestinos, concentrando-os em apenas 25% da área. Com informações da Folha.
Israel anunciou também a criação de três centros de distribuição no sul de Gaza e um na região central. Nessas estruturas, agentes de segurança dos Estados Unidos coordenarão a entrega de alimentos para a população palestina.
A ONU criticou a proposta, recusando-se a participar da operação. Segundo a entidade, a iniciativa obriga civis a se deslocarem em uma zona de guerra e viola princípios de neutralidade ao concentrar o controle da ajuda humanitária nas mãos de Israel.
Desde a última segunda-feira (19), cerca de 300 caminhões com suprimentos entraram em Gaza pela passagem de Kerem Shalom. A ONU estima, porém, que o volume está abaixo do necessário, já que antes da guerra iniciada em outubro de 2023, Gaza recebia aproximadamente 500 caminhões por dia.
Neste domingo, bombardeios israelenses mataram 30 pessoas em Gaza, incluindo o jornalista Hassan Abu Warda e membros de sua família em Jabalia, além de Ashraf Abu Nar, coordenador do serviço de Defesa Civil, em Nuseirat.
Na sexta-feira (23), um ataque aéreo vitimou 9 dos 10 filhos da médica palestina Alaa Al-Najjar. Apenas Hamdi Al-Najjar, marido da profissional da saúde, e seu filho Adam sobreviveram. Ambos seguem internados em estado grave.
Desde o início do conflito, quase 54 mil palestinos morreram em ataques israelenses.
