
As Forças de Defesa de Israel (FDI) sabiam que o Hamas planejava um ataque no dia 7 de outubro de 2023 ao menos três semanas antes do episódio. Documento revelado nesta semana pela emissora pública Kan News mostra que o governo israelense tinha conhecimento de que o grupo queria invadir o sul do país, atacar postos militares e sequestrar entre 200 e 250 reféns.
O relatório sobre o planejamento do ataque começou a circular no dia 19 de setembro entre altos funcionários dos serviços de inteligência. O governo israelense ainda dispõe de um dos sistemas mais sofisticados de inteligência e barreiras tecnológicas consideradas quase intransponíveis, mas permitiu que o Hamas levasse 251 homens, mulheres e crianças para Gaza após o ataque.
O documento foi elaborado pela divisão especializada na Faixa de Gaza das FDI e descrevia detalhadamente os exercícios realizados por unidades de elite do Hamas. As atividades incluíam simulações a um posto do Exército na fronteira e instruções para lidar com soldados e reféns.

Yael Rotenberg e Maya Desiatnik, soldadas israelenses que sobreviveram ao ataque do Hamas, relataram que informaram seus comandantes sobre os exercícios observados perto da fronteira, mas ouviram de autoridades que o relato não era importante e que não poderiam fazer nada a respeito das atividades.
A expectativa é que o Exército israelense comece a analisar as falhas do sistema de segurança que permitiram o ataque no início de julho e um dos assuntos investigados será justamente a falta de importância dada à capacidade do Hamas de realizar o ataque.
O chefe da Diretoria de Inteligência Militar das FDI, o general Aharon Haliva, se demitiu em abril deste ano e admitiu a responsabilidade pelas falhas que geraram a invasão ao território israelense. Em sua carta de renúncia, ele afirmou que “não cumpriu sua tarefa” de evitar o ataque. Há a previsão de que outras autoridades sejam responsabilizadas após a guerra contra o Hamas se estabilizar.
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