
Aviões israelenses lançaram novos ataques aéreos neste domingo (19/10) na região de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. O governo de Benjamin Netanyahu acusa o Hamas de violar o cessar-fogo ao disparar um míssil antitanque e abrir fogo contra tropas israelenses. O grupo palestino nega qualquer envolvimento e afirma manter o compromisso com a trégua firmada há nove dias.
Em comunicado, o Exército de Israel disse ter “iniciado bombardeios para eliminar ameaças e destruir túneis e estruturas militares usadas para atividades terroristas”.
Testemunhas relataram à agência AFP dois ataques aéreos sucessivos após confrontos entre militantes e soldados na área. O gabinete de Netanyahu informou que o primeiro-ministro ordenou “ações vigorosas contra alvos terroristas”, sem esclarecer se isso representa o fim oficial da trégua.
O Hamas, por sua vez, afirmou que “não tem conhecimento de incidentes ou confrontos em Rafah” e reiterou estar cumprindo o cessar-fogo “em todas as áreas da Faixa de Gaza”.
Segundo uma fonte próxima ao grupo, os combates teriam começado após uma operação interna contra milícias rivais — as chamadas “Forças Populares” —, na qual forças israelenses teriam interferido em apoio ao líder local Yasser Abu Shabab.
Enquanto os ataques reacendem a tensão no território, líderes da ala radical do governo israelense pressionam Netanyahu a retomar a ofensiva militar em larga escala. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, pediu publicamente que o Exército “volte a combater com força total” e chamou o cessar-fogo de “ameaça à segurança de Israel”.
“israel” quebra “cessar-fogo”, bombardeia Gaza e mata ao menos 5 palestinos em ataque na região central do enclave palestino. pic.twitter.com/t1YqLRnTZ9
— FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil (@FepalB) October 19, 2025