Israel volta a bombardear Gaza e acusa Hamas de romper cessar-fogo

Atualizado em 19 de outubro de 2025 às 11:36
Bombardeio israelense em Gaza

Aviões israelenses lançaram novos ataques aéreos neste domingo (19/10) na região de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. O governo de Benjamin Netanyahu acusa o Hamas de violar o cessar-fogo ao disparar um míssil antitanque e abrir fogo contra tropas israelenses. O grupo palestino nega qualquer envolvimento e afirma manter o compromisso com a trégua firmada há nove dias.

Em comunicado, o Exército de Israel disse ter “iniciado bombardeios para eliminar ameaças e destruir túneis e estruturas militares usadas para atividades terroristas”.

Testemunhas relataram à agência AFP dois ataques aéreos sucessivos após confrontos entre militantes e soldados na área. O gabinete de Netanyahu informou que o primeiro-ministro ordenou “ações vigorosas contra alvos terroristas”, sem esclarecer se isso representa o fim oficial da trégua.

O Hamas, por sua vez, afirmou que “não tem conhecimento de incidentes ou confrontos em Rafah” e reiterou estar cumprindo o cessar-fogo “em todas as áreas da Faixa de Gaza”.

Segundo uma fonte próxima ao grupo, os combates teriam começado após uma operação interna contra milícias rivais — as chamadas “Forças Populares” —, na qual forças israelenses teriam interferido em apoio ao líder local Yasser Abu Shabab.

Enquanto os ataques reacendem a tensão no território, líderes da ala radical do governo israelense pressionam Netanyahu a retomar a ofensiva militar em larga escala. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, pediu publicamente que o Exército “volte a combater com força total” e chamou o cessar-fogo de “ameaça à segurança de Israel”.