
O Itaú Unibanco acusou seu ex-diretor financeiro Alexsandro Broedel de violar políticas internas e a legislação ao atuar em “grave conflito de interesses” e em benefício próprio. A denúncia foi formalizada em ata de assembleia geral publicada neste sábado (7).
Segundo o documento obtido pela Folha de S.Paulo, Broedel utilizou indevidamente as prerrogativas de seu cargo para aprovar pagamentos ao fornecedor de pareceres, que somaram R$ 10,4 milhões ao longo de quatro anos.
A investigação interna, concluída em 24 de novembro, apontou que os pagamentos foram distribuídos da seguinte forma: R$ 3,3 milhões em 2021, R$ 1,8 milhão em 2022, R$ 3,3 milhões em 2023 e R$ 1,8 milhão já em 2024. O nome do fornecedor, supostamente ligado ao ex-diretor, não foi divulgado pelo banco.
De acordo com a ata, assinada pelos diretores José Virgílio Neto e Álvaro Felipe Rizzi, as irregularidades não impactam as demonstrações financeiras do Itaú nem outras empresas do grupo. O caso foi comunicado ao Banco Central e a auditores independentes.

A assembleia geral determinou que sejam adotadas medidas legais contra Alexsandro Broedel, o fornecedor envolvido e quaisquer outros participantes das irregularidades, nas esferas administrativa e judicial.
O ex-diretor, que deixou o Itaú em julho após 12 anos de atuação, assumiu recentemente um cargo no Santander, na Espanha. Por meio de sua assessoria, ele classificou as acusações como infundadas e afirmou que tomará medidas judiciais para se defender.
Além das acusações contra o ex-diretor financeiro, o Itaú anunciou nesta semana a demissão de outro executivo, o diretor de Marketing, após uma apuração interna revelar o uso indevido do cartão corporativo. Segundo o banco, não há relação entre os dois casos.
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