Se há alguma coisa de que Lava Jato não pode ser acusada é de surpreender.
O indicionamento de Lula, agora: você quer coisa mais óbvia?
Há muito tempo ficou claro que o objetivo de Moro e da Lava Jato está longe de ser erradicar a corrupção: é acabar com o PT. Mais especificamente, com Lula.
Todo o resto foi perfumaria. A plutocracia — à qual Moro serve — usou o pretexto da corrupção porque é um tema que comove a classe média despolitizada, manipulável e cheia de ódio contra os pobres.
Em 1954 contra GV foi o mesmo. Dez anos depois contra Jango foi utilizado o mesmo expediente.
E outra vez a mesma coisa se dá agora.
Nas delações, emergiram acusações seriais contra políticos como Aécio, Jucá e vários outros. Nada deu em nada.
O alvo é Lula, Lula e ainda Lula.
O paradoxo é o seguinte: Lula é massacrado pela conjunção da Lava Jato com a imprensa, notadamente a Globo. E mesmo assim nas pesquisas ele aparece numa liderança confortável.
Que a plutocracia faz com isso?
Tira Lula de cena. Dá um jeito de impedi-lo de concorrer em 2018. Se as circunstâncias permitirem, prende-o. (Esta é uma cartada mais arriscada.)
As ruas têm que reagir. Gritar basta para a plutocracia. Os plutocratas não podem tratar o Brasil como seu quintal e tudo ficar por isso mesmo.
Já não é perseguição o que se faz contra Lula. É carnificina.
E isso não pode ser tolerado.