“Jack”: a gíria usada no mundo do crime que teria motivado a cadeirada de Datena em Marçal

Atualizado em 16 de setembro de 2024 às 11:15
Datena e Marçal. Foto: reprodução

No debate da TV Cultura realizado neste domingo (15), um dos ataques que mais irritou o apresentador José Luiz Datena (PSDB) foi o uso do termo “Jack” pelo empresário bolsonarista Pablo Marçal (PRTB).

A gíria, comum em presídios e usada para designar detentos acusados de estupro, fez referência a uma antiga acusação de assédio sexual contra Datena, que já havia sido arquivada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP).

Datena, com sua experiência prévia como repórter policial e apresentador de programas sobre segurança, está familiarizado com o termo e com o contexto em que é utilizado. O xingamento irritou o tucano.

Marçal disse: “Homem é homem, mulher é mulher. Estuprador é diferente. Sabe o que eu estou falando, né? Tem alguém aqui que é ‘Jack’? Que está aqui tirando onda, apoiando censura, mas é alguém que responde por assédio sexual. Essa pessoa, ‘Dapena’, eu queria que você pedisse perdão para as mulheres pelo processo que corre (…) Explique e peça perdão para todo o eleitorado feminino do Brasil.”

Em resposta, Datena se mostrou irritado e esclareceu que não houve provas contra ele. “O Ministério Público arquivou o processo. A pessoa que me acusou se retratou publicamente em cartório, pediu desculpas para mim, para minha família”, afirmou.

Logo depois, Marçal provocou ainda mais Datena, perguntando quando ele deixaria a “palhaçada” e desistiria da candidatura. O bolsonarista também chamou o apresentador de “arregão”.

“Você não respondeu à pergunta. A gente quer saber. Você é um arregão. Você atravessou o debate esses dias para me dar tapa e falou que você queria ter feito. Você não é homem nem para fazer isso. Você não é homem”, afirmou o bolsonarista, que em seguida levou a cadeirada.