Jair perde o seu bobo de guerra. Por Fernando Brito

Atualizado em 18 de junho de 2020 às 20:17
Bolsonaro e seu abraço verdadeiro em Weintraub. Foto: Reprodução

Publicado originalmente no Tijolaço:

Por Fernando Brito

São absolutamente improcedentes as manchetes que dizem que “Weintraub é demitido do MEC”.

Há uma diferença entre ser demitido e sair porque sua presença ficou inviável e é o mínimo gesto – e tardio – de desagravo ao Supremo a demssão de quem chamou os ministros de “vagabundos” e disse que deveriam estar na cadeia.

Quem assistiu o vídeo de despedida do clown que ocupava o Ministério da Educação viu um demissionário cheio de arrogância e o presidente visivelmente siderado, com o olhar perdido e uma máscara de inexpressão.

Bolsonaro sabe que perde um dos poucos que, no ministério, ainda dão a cara a bater por ele.

Se andar rápido e as coisas não se precipitarem no STF, Weintraub vai desfilar sua nulidade numa sala do prédio do Banco Mundial, em Washington, local onde se detestam lives histriônicas.

Já Bolsonaro fica com todos os imbroglios com o STF e a dinamite pura da prisão de Fabrício Queiroz.

Ao falar poucas palavras, ao final do vídeo divulgado pelo futuro ex-ministro, parecia a ponto de desmontar e chorar.

Sabe que está quase sem quem o defenda e, pior, sabe que está sendo obrigado – como neste caso, pelo Judiciário, pela mídia e pela ala militar – a afastar os que ainda o apoiam.

Assista o vídeo e veja quem tem cara de estar perdendo o emprego.