“Janja me avisou: não aceita a GLO”, diz Lula sobre 8/1

Atualizado em 8 de janeiro de 2024 às 9:07
Janja e Lula. Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou que sua esposa, Janja Lula da Silva, foi crucial em sua decisão de vetar o decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) no 8 de Janeiro, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

“Foi a Janja que me alertou: ‘Não aceita GLO porque GLO é tudo que eles querem, é tomar conta do governo’. Se eu dou autoridade pra eles, eu dou o governo pra eles”, disse Lula em entrevista a um documentário da GloboNews sobre os atos extremistas exibido no Fantástico, da TV Globo.

Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara, enfatizou no mesmo documentário que Janja foi incisiva ao descartar a possibilidade de GLO. “Quando se abre o debate sobre a GLO, a Janja fica de pé e fala: ‘GLO não, porque isso é entregar para os militares’”, disse o petista.

Lula também consultou Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, sobre a viabilidade de uma intervenção apenas na segurança pública. Dino, então, explicou que era possível uma intervenção total ou parcial.

Janja Lula da Silva. Foto: reprodução

O mandatário cogitou que Dino assumisse o cargo de interventor, porém, devido à sua eleição como senador em 2022, não poderia ocupar o posto. Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, foi então designado para ser o interventor na segurança de Brasília.

Vale destacar que a GLO está prevista no artigo 142 da Constituição Federal, em casos nos quais se esgotam as forças tradicionais de segurança pública, como a Polícia Militar e a Polícia Civil, durante graves situações de perturbação da ordem.

Esse decreto concede às Forças Armadas a atribuição de poder de polícia até o restabelecimento da normalidade.

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